A primeira experiência do município de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, com a urna biométrica transcorreu dentro da normalidade, apesar do atraso que o eleitor enfrentou em algumas seções eleitorais. Até às 16h, das 742 urnas biométricas instaladas na cidade, três foram substituídas (0,4%). Em todo o Rio Grande do Sul, foram substituídas 287 urnas, que representam 1,1% do total de urnas do Estado (26,1 mil).

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De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), o número de urnas defeituosas está dentro da normalidade e a ocorrência de filas em Canoas se deu em função da novidade do sistema biométrico e não de problemas técnicos.

No Colégio La Salle, no centro da cidade, com nove seções eleitorais, nenhuma máquina estragou e não foram registradas grandes filas. Sérgio Augusto da Silva, 52 anos, é cadeirante. Ele disse que no recadastramento biométrico pediu que a urna fosse instalada em uma sessão eleitoral adequada aos deficientes. Para ele, o sistema biométrico é mais confiável.

– Quando coloquei o dedo [no leitor ótico] a urna deu uma trancadinha, mas depois funcionou. Como tudo que é novo, podem aparecer problemas. A urna biométrica dá mais garantia de que é a gente mesmo que está votando – afirmou.

Nely Menetrier, 84 anos, também se mostrou satisfeita com a urna biométrica.

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– Gostei da nova urna, foi fácil e rápido. Consegui fazer certinho. As pessoas dizem que eu não preciso votar [por causa da idade], mas eu voto. Quero votar. Quero que as coisas melhorem – disse a eleitora.

Canoas é uma das 60 cidades brasileiras que tiveram urnas biométricas nessas eleições. No total, 23 Estados testaram a nova tecnologia.