Eleitores de 16 e 17 anos que votaram no primeiro turno das Eleições 2022 mais do que dobraram em comparação com as eleições de 2018 em Santa Catarina. A participação dos 45,8 mil jovens, que não são obrigados a votar, representou aumento de 54%, 16‬ mil a mais do que no pleito anterior. O número é capaz de eleger pelo menos dois deputados estaduais. 

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O voto dos jovens, por exemplo, pode ter sido determinante na definição do segundo turno para o governo de Santa Catarina. No Estado, enquanto o candidato Jorginho Mello (PL) se classificou com 1.575.912 votos, os candidatos Décio Lima (PT) e Carlos Moisés (Republicanos) tiveram uma diferença apertada, de 17,4 mil votos, com o petista na frente. 

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Com base nos dados liberados nas plataformas do TSE nesta sexta-feira (7), o Diário Catarinense comparou entre as eleições de 2018 e 2022. Ambas elegeram cargos para a Presidência da República, governo do Estado, senador, deputados federais e estaduais.  

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O número de comparecimentos foi impulsionado pela escalada de jovens nessa faixa etária que fizeram o título de eleitor em 2022. Entre 2018 e 2022, o aumento de eleitores entre 16 e 17 anos foi de 53%.

Campanhas de mobilização

Neste ano, os adolescentes foram público-alvo de diversas campanhas de mobilização. O Tribunal Superior Eleitoral promoveu de 14 a 18 de março um tuitaço com a hashtag #RolêDasEleições para incentivar a participação nas Eleições 2022. O movimento foi endossado por artistas que convocaram os adolescentes a tirar o título de eleitor nas redes sociais. 

Ana Luiza Córdova, de 16 anos, votou pela primeira vez nestas eleições. A adolescente conta que sempre acompanhou os pais na votação, e neste ano, levou a própria colinha, esperou na fila e votou.

— Eu já acompanhei meus pais em anos anteriores. Eu que apertava os números pra eles na urna, e dessa vez quem apertou fui eu. Fiz o meu papel, minha escolha — fala. 

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No entanto, porcentagens de comparecimento e abstenção foram proporcionais entre uma eleição para a outra. Cerca de 0,84% jovens de 16 anos decidiram se abster, enquanto 0,17% a mais dos eleitores de 17 anos compareceram nas eleições. 

Ana Luiza conta que irá votar no segundo turno e que insistiu para que os colegas tirassem o título de eleitor para que pudessem participar destas eleições, e explicou o por quê:

— É importante a gente já estar inserido nesse contexto. Vai interferir no nosso dia a dia, na escola, na economia. Quanto mais cedo a gente se inserir nesse contexto, melhor. Tudo é política — explica.

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