O governo islandês anunciou, nesta quinta-feira (11), eleições legislativas antecipadas para 29 de outubro, devido ao escândalo dos paraísos fiscais provocado pelo vazamento dos “Panama Papers”.
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Ao revelar que centenas de islandeses – entre eles o primeiro-ministro – tinham negócios nesses paraísos fiscais, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) abalou o sistema político da ilha.
Em manifestações históricas em Reykjavik, os islandeses reivindicaram novas eleições para substituir o Executivo de centro-direita no poder. O primeiro-ministro entregou o cargo, mas o governo se manteve.
Nesta quinta-feira (11), o primeiro-ministro, Sigurdur Ingi Johannsson, convidou as lideranças dos partidos representados no Parlamento a apresentar a data escolhida para o novo pleito. A eleição será realizada seis meses antes do fim da legislatura atual.
A expectativa era que o ganhador em 2013, o Partido do Progresso (centro-direita) de Johannsson, fosse punido nas urnas, mas as pesquisas de opinião mostram que o eleitorado de direita permanece fiel a seu parceiro conservador na coalizão do governo, o Partido da Independência.
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