As eleições de 2022 podem trazer mudanças não apenas nos cargos em disputa, mas também em importantes prefeituras de Santa Catarina. O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), confirmou nesta sexta-feira (11) ao colunista da NSC, Ânderson Silva, que vai renunciar ao mandato no dia 31 de março. O motivo é a intenção de participar do processo eleitoral em outubro – ele é cotado como pré-candidato a governador, mas também poderia disputar uma vaga no Senado.
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Mas não é apenas Florianópolis que terá mudanças na prefeitura em função das próximas eleições. Entre as 15 maiores cidades de SC, em pelo menos três os prefeitos podem renunciar para disputar as eleições. A menina dos olhos é o cargo de governador.
Pela legislação eleitoral, quem ocupa cargo no Executivo (prefeito, governador ou presidente) e deseja concorrer a um cargo diferente nas eleições deste ano precisa renunciar ao mandato até seis meses antes do primeiro turno – ou seja, 2 de abril.
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Entre as três maiores cidades do Estado, a única mudança deve ser mesmo a saída de Gean Loureiro. Em Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) promete cumprir os quatro anos do segundo mandato e não ser candidato em 2022. Em Joinville, o prefeito Adriano Silva (Novo), que está no primeiro mandato, também afirma que seguirá no cargo.
Outras cidades importantes no Estado, no entanto, podem ter mudanças. É o caso de Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Chapecó. Confira abaixo a situação das cidades:
Balneário Camboriú
Prefeito: Fabrício de Oliveira (Podemos)
O prefeito de Balneário Camboriú é um dos pré-candidatos a governador de SC. Em resposta à reportagem, a assessoria dele afirmou que Fabrício está “empenhado na construção de um programa e de uma grande aliança que defenda um projeto de futuro”. Uma eventual decisão de renúncia dependeria da confirmação de que ele seria o nome para liderar uma candidatura ao governo.
— Se for decidido que o melhor nome para ser o porta voz deste projeto é o meu, tomarei a decisão necessária na data determinada pela legislação em vigor —afirmou.
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Chapecó
Prefeito: João Rodrigues (PSD)
O prefeito de Chapecó se apresentava até o fim do ano passado como um dos três pré-candidatos a governador de SC pelo PSD. Ele disputava o apoio interno com o ex-governador Raimundo Colombo, que também tem se articulado bastante para disputar o governo, e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes. Em dezembro, no entanto, Rodrigues anunciou que não seria candidato em 2022 e, portanto, permaneceria na prefeitura. Nas últimas semanas, o nome dele voltou a ser comentado como uma possível opção do PSD para a disputa.
À reportagem, João Rodrigues informou via assessoria que no momento está focado em cuidar da cidade e de obras previstas ou em andamento. “Mas nada pode ser descartado. Tudo é possível”, despistou.
Jaraguá do Sul
Prefeito: Antídio Lunelli (MDB)
O prefeito de Jaraguá do Sul foi homologado nessa quarta-feira (17) como o candidato do MDB a governador de SC em outubro. Ele era um dos três pré-candidatos inscritos nas prévias do partido, mas com a desistência dos outros dois nomes, o senador Dário Berger e o deputado estadual Valdir Cobalchini, ele se tornou o único nome e foi anunciado como o pré-candidato emedebista.
A assessoria de Lunelli confirmou à reportagem na última semana que se ele vencesse as prévias e se tornasse o escolhido do MDB para concorrer ao governo, iria, sim, renunciar ao cargo de prefeito para participar da disputa.
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Quem assumirá a prefeitura de Jaraguá do Sul será o vice, o empresário Jair Franzner (MDB). Segundo o prefeito, a renúncia deve ocorrer no final de março.
> Antídio fecha a lista da disputa no MDB pela candidatura ao governo de SC
Criciúma
Prefeito: Clésio Salvaro (PSDB)
O prefeito de Criciúma foi apontado nos últimos meses como um possível candidato a governador do PSDB, embora o principal nome do partido fosse o ex-deputado estadual Gelson Merisio. Nas últimas semanas, no entanto, o nome de Merisio vem perdendo força. Um grupo de trabalho foi formado entre os tucanos para discutir candidaturas a deputado e também o nome do partido para a eleição majoritária. Quem coordena este grupo é o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
Mesmo assim, a assessoria do prefeito informou à reportagem que “a última posição (e a única) é que ele vai cumprir o mandato até 2024”. Salvaro está no terceiro mandato como prefeito de Criciúma – o segundo consecutivo.
Tubarão
Prefeito: Joares Ponticelli (PP)
O prefeito de Tubarão conta que colocou o nome à disposição do partido no ano passado, mas em dezembro retirou a disposição para concorrer por “não sentir entusiasmo nas principais lideranças e parlamentares” do partido, que dessem segurança para para abrir mão de 2 anos e nove meses de mandato. Como as convenções, que definem os candidatos, só ocorrem em agosto, o que faz com que os prefeitos que precisam renunciar fiquem “em um limbo muito grande”, na avaliação dele. Desta forma, Ponticelli decidiu permanecer na prefeitura e vai apoiar o seu atual vice, Caio Tokarski (PL), em uma candidatura a deputado federal.
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— Não estou desistindo de meu sonho (de candidatura majoritária estadual), mas apenas adiando —contou.
Camboriú
Prefeito: Elcio Rogério Kuhnen (MDB)
O prefeito de Camboriú informou à reportagem que recebeu um convite para concorrer a deputado federal nas eleições de outubro. Pela legislação eleitoral, ele precisaria deixar o cargo para disputar a vaga. Via assessoria, ele informou que ainda não decidiu se pretende participar do projeto. Atualmente, ele está no segundo mandato como prefeito.
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