A temporada de convenções dos partidos em Santa Catarina caminha para a segunda semana com o mapa político já desenhado na maior parte das alianças para as eleições 2022. Interrogações importantes que se arrastavam nos últimos meses foram respondidas já nos primeiros dias do prazo de definições, como o caminho a ser tomado pelo MDB e a definição dos candidatos ao governo e ao Senado na frente de esquerda.
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Em contrapartida, outras dúvidas permanecem, como quem vai compor a chapa do candidato a governador Esperidião Amin e quem será o vice na candidatura de Jorginho Mello. Algumas das respostas podem surgir nos próximos dias, já que Progressistas e PSDB mantêm conversas estreitas para fechar uma possível aliança. Em outros casos, a resposta deve surgir apenas ao fim do prazo das convenções, que vai até 5 de agosto. Esta é a data do evento de lançamento da candidatura de Jorginho Mello, por exemplo. O prazo-limite para as definições é 15 de agosto, último dia em que os partidos podem inscrever candidaturas na Justiça Eleitoral.
Confira abaixo cinco definições para as eleições 2022 em SC após as convenções e cinco dúvidas a serem respondidas a duas semanas do início da campanha eleitoral.
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O que está definido
A chapa de Moisés

A novela sobre o rumo do MDB nas eleições chegou ao fim com a convenção do partido, no dia 23, em que venceu a tese de aliança do partido com a candidatura à reeleição do governador Carlos Moisés. A legenda escolheu o ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler, como vice e o deputado federal Celso Maldaner como nome para o Senado. Moisés e Udo já foram fotografados juntos no próprio dia da convenção dos partidos de ambos, oficializando a chapa.
Décio e Dário na esquerda

Outra trama que durava meses era a definição de quem seria o candidato ao governo pela frente de esquerda. Décio Lima venceu a disputa com o senador Dário Berger e será o nome do grupo para concorrer ao governo de SC. Dário, que disse atender a pedido do ex-presidente Lula, vai concorrer à reeleição ao Senado. A aliança ainda não definiu quem será o vice. Hoje, a favorita é a vereadora de Chapecó, Marcilei Vignatti (PSB). No entanto, o partido ainda tenta usar a vaga para atrair o PDT, que desembarcou da frente e pretende lançar candidatura própria após o anúncio de Dário como postulante a senador.
Chapa de Gean com PSD

Outras definições que já estavam encaminhadas foram oficializadas nas convenções do último fim de semana. Uma delas é a candidatura de Gean Loureiro ao governo do Estado, em coligação do União Brasil com o PSD. Gean terá o ex-chefe da Casa Civil do governo Moisés, Eron Giordani, como vice e o ex-governador Raimundo Colombo como candidato ao Senado.
Candidaturas do Novo

Outras duas chapas já anunciadas também foram homologadas em convenções na primeira semana do prazo. No Novo, o promotor de Justiça Odair Tramontin será candidato ao governo, com o empresário Ricardo Althoff de vice e o médico oftalmologista Luiz Barboza Neto como candidato ao Senado.
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Candidaturas do PSTU

No PSTU, o professor Alex Alano foi confirmado como candidato a governador, com Gabriela Santetti como vice e Gilmar Salgado como postulante ao Senado. O partido deve disputar a eleição em chapa pura.
O que falta definir
Vice e senador de Amin

O senador Esperidião Amin teve a candidatura ao governo confirmada em convenção pelo Progressistas, mas o que falta ser definido são os nomes do vice e do concorrente ao Senado. O partido tenta atrair o PSDB, que poderia indicar o vice e teria em vista nomes como Leonel Pavan e Dalírio Beber. Os dois partidos têm conversado ao longo das últimas semanas. Para o Senado, o nome favorito é o de Kennedy Nunes, que foi anunciado como candidato a senador na convenção do PTB.
Vice do Jorginho

O PL fará sua convenção apenas no último dia do prazo, 5 de agosto, mas já tem duas das três vagas na chapa majoritária preenchidas. Jorginho Mello será o candidato ao governo e Jorge Seif Júnior o nome para o Senado. O que falta definir é o vice. A vaga foi oferecida ao Progressistas, partido com quem Jorginho mantém conversas há vários meses, e que ainda busca atrair à chapa. No entanto, o mais provável é que um nome do próprio PL componha a chapa como vice.
Vice de Décio e futuro de PDT e PSOL

Uma novidade da corrida eleitoral em SC é a possível candidatura própria do PDT ao governo de SC. O partido integrava a chamada frente de esquerda, com PT, PSB e outros partidos, e pretendia indicar o nome para o Senado. Depois que o bloco anunciou Dário Berger (PSB) como o concorrente a senador, o PDT decidiu deixar o grupo e partir para candidatura própria. O ex-deputado Jorge Boeira, que era apontado como nome para o Senado, passaria a concorrer a governador. Os nomes de vice e senador ainda não são apontados. O PDT faz convenção neste sábado para decidir o futuro. Em paralelo, a aliança da esquerda, liderada por Décio Lima, ainda tenta atrair o PDT de volta à chapa. Nesse contexto, o vice de Décio também é uma das dúvidas que deverá ser respondida nos próximos dias.
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Além do PDT, o PSOL também afirma que deixará a chapa da esquerda por não ter ficado com a indicação do Senado — o partido pretendia indicar Afrânio Boppré. O PSOL ainda não anunciou qual seria seu futuro caso fique de fato fora da frente de esquerda. A convenção do PSOL também é neste sábado.
Ralf Zimmer

Outras duas candidaturas ao governo de SC podem ser confirmadas na reta final das convenções. Uma delas é a do defensor público Ralf Zimmer Júnior, do Pros. O partido deve fazer convenção nos últimos dias do prazo, mas vinha reafirmando a candidatura dele ao governo.
PCO
Outra novidade pode vir do PCO. O partido adiou sua convenção do dia 24 para o dia 31 e deve discutir a possibilidade de lançar candidato ao governo. Ainda não foram citados possíveis nomes.
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