A definição de quem são os pré-candidatos ao governo do Estado para as eleições 2022 tem movimentado os partidos em Santa Catarina.
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As eleições de 2022 devem fechar um ciclo tumultuado na política de SC. O Estado que em 2018 viu a onda bolsonarista pôr fim a 16 anos de governo da tríplice aliança entre MDB, PSD e PSDB, ainda acompanhou dois processos de impeachment do governador Carlos Moisés (Republicanos), rejeitados ao final dos julgamentos.
O período ainda teve a gestão da pandemia de Covid-19, com mudanças no governo e a polêmica compra de respiradores. O contexto abre esperanças para os principais partidos de SC planejarem candidaturas próprias ao governo do Estado.
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Os nomes que devem estar na disputa
O atual governador Moisés, com o governo em um novo momento após superar os processos de impedimento, é considerado nome certo na disputa pela reeleição. Além dele, ao menos outros nove nomes também estão na disputa.
- Antídio Lunelli (MDB)
- Carlos Moisés (Republicanos)
- Dário Berger (PSB)
- Décio Lima (PT)
- Esperidião Amin (Progressistas)
- Gean Loureiro (União Brasil)
- Jorginho Mello (PL)
- Odair Tramontin (Novo)
- Ralf Zimmer (Pros)
Outro nome que deve estar na urna é o do senador Jorginho Mello (PL), que articula há vários meses a candidatura. Ele pretende ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já que atua como vice-líder do governo no Senado e fez defesa do presidente na CPI da Covid, em 2021.
Veja os pré-candidatos ao governo de SC em 2022
Divisão interna no MDB
Em outros partidos, o cenário é mais incerto. Um exemplo é o MDB, partido com maior úmero de filiados em SC. O partido chegou a anunciar no final de 2021 um consenso depois de meses de divisão interna, e sinalizou para a indicação do empresário Antídio Lunelli, ex-prefeito de Jaraguá do Sul, como pré-candidato do partido.
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Depois de questionamentos do senador Dario Berger, que também pleiteava a candidatura, o MDB negou o acordo e manteve a intenção de fazer prévias. Mais tarde, porém, afirmou que Lunelli seria candidato pelo partido. No início de junho, o MDB ainda discute se mantém a candidatura ou firma uma aliança com Moisés.
Sem o apoio no MDB, Dário Berger saiu do partido e se filiou ao PSB, onde já entrou com status de candidato a governador. Ele deve disputar espaço com Décio Lima (PT) para concorrer ao governo pela frente de esquerda.
Caminhos de PSD e Progressistas
Situação parecida de divisão ocorreu no PSD. O partido apresentou três nomes de perfis distintos em uma disputa interna. O ex-governador Raimundo Colombo passou a subir o tom das críticas a Moisés e à política de arrecadação do Estado, ganhando força como provável nome do PSD para voltar a disputar o governo. No entanto, em abril de 2022, desistiu da candidatura e anunciou apoio ao projeto do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil).
O ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), que também preside a legenda no Estado, é pré-candidato a governador. Gelson Merisio, que disputou o segundo turno em 2018 e depois migrou para o PSDB, chegou a ser cogitado para a disputa, mas deve ficar com uma vaga de vice ou ao Senado. Em março, deixou o PSDB e se filiou ao Solidariedade, em franca aproximação a Lula, ao PT e aos partidos que devem lançar uma candidatura única de esquerda.
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O comando do Progressistas diz defender candidatura própria. O nome é do senador Espiridião Amin. No entanto, o partido diz “não fechar as portas” para outros caminhos.
Vale lembrar
Pela legislação eleitoral, todos são considerados apenas pré-candidatos até agosto de 2022, quando ocorrem as convenções e as candidaturas são oficialmente registradas na Justiça Eleitoral. Nesse intervalo, possíveis alianças podem deslocar ou tirar do jogo nomes hoje colocados na disputa.
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