Nesta segunda-feira, 12, o Diário Catarinense traz a segunda parte de uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Florianópolis, com temas que devem nortear a discussão e a campanha eleitoral. 

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> Veja as propostas para a saúde dos candidatos a prefeito de Florianópolis

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O segundo assunto abordado é a educação. A reportagem fez duas perguntas aos candidatos:

1) Qual é a sua principal proposta para a educação de Florianópolis e como planeja executá-la?

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2) A falta de vagas no ensino infantil é um problema que impacta o cotidiano de muitos florianopolitanos. Qual é a sua proposta para solucionar esse problema, e como planeja executá-la?

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Confira o que respondeu cada candidato, com as respostas em ordem alfabética: 

Alexander Brasil (PRTB)

Alex Brasil (PRTB)
Alex Brasil (PRTB) (Foto: PRTB/Divulgação )

1) Implantação de escolas cívico-militares, em parceria com o governo federal junto ao MEC. Implantação da Escola Sem Partido e Proibição da “pregação” de ideias comunistas e fascistas e da ideologia de gênero, assim como pautas LGBT nas escolas da rede pública municipal. Oferta de creche em tempo integral, dando liberdade aos pais para trabalharem e estudarem. Desenvolvimento de projeto para a implantação do ensino a distância para jovens e adultos impossibilitados de frequentarem a escola tradicional.

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2) Construindo escolas cívico-militares, aumentando a oferta de vagas com ensino de qualidade.

Ângela Amin (PP)

Ângela Amin (PP)
Ângela Amin (PP) (Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados)

1) Já estamos trabalhando em um completo protocolo de volta às aulas, que será o grande desafio desse momento que vivemos. Vamos realizar uma busca daqueles alunos que abandonaram a escola durante a pandemia e trazê-los de volta ao convívio escolar. Vamos implantar a Política Municipal de Educação Digital, com o objetivo de preparar os nossos alunos para esse novo mundo que se descortina, qualificando os profissionais da educação e garantindo acesso às novas tecnologias. Vamos valorizar os docentes, praticamente marginalizados pela atual administração. Vamos executar com trabalho e planejamento.

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2) As duas últimas administrações viabilizaram para o município de Florianópolis o primeiro contrato do BID com uma prefeitura para investimento em educação. Foram 58,8 milhões de dólares para construção de 27 creches, escolas e reformas. Vamos fazer um raio-x da demanda, ver onde faltou planejamento e fazer as adequações necessárias conforme a realidade de cada comunidade. Vamos fazer convênios e parcerias com creches particulares e conveniadas nas regiões onde a demanda é maior do que a oferta de vagas, e paralelamente fazer ampliações necessárias. Vamos executar com trabalho e planejamento.

Elson Pereira (PSOL)

Elson Pereira (PSOL)
Elson Pereira (PSOL) (Foto: Sérgio Vignes/Divulgação)

1) Universalizar a educação, com mais vagas em creches, escolas e atividades no contraturno, é indispensável, sobretudo, com a esperada migração de alunos de unidades particulares, por conta da crise. Faremos um plano emergencial para sanar as lacunas deixadas neste ano. Para além da demanda, temos de construir uma escola pública socialmente referenciada. Planejar ações a partir de diagnóstico científico das necessidades dos alunos. Isso conquistaremos com investimentos em infraestrutura e em programa de formação continuada, aliados à gestão democrática e à consolidação dos conselhos de escola.

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2) Vamos fazer um planejamento a curto e médio prazo das demandas existentes, levando em conta a densidade demográfica dos locais para a construção e ampliação de creches, de forma a responder à meta do Plano Municipal de Educação de atender mais de 75% da população de zero a três anos até 2025. Além disso, iremos viabilizar transporte para que as crianças, das famílias que assim desejarem, possam frequentar unidades educativas em outros bairros enquanto aguardam vagas em suas localidades.

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Gabriela Santetti (PSTU)

Grabriela Santetti (PSTU)
Grabriela Santetti (PSTU) (Foto: Divulgação)

1) O atual prefeito aplicou uma política de destruição da educação pública. Chegou a contratar uma O.S. para privatizar escolas, mas a empresa contratada estava afundada em irregularidades e a prefeitura foi obrigada a romper o contrato. Somos contra a privatização da educação e defendemos 30% do orçamento para a manutenção e desenvolvimento da educação e 6% para a educação inclusiva! Para isso é preciso investir o dinheiro que hoje é destinado às grandes empresas em forma de isenções e no pagamento da falsa dívida do município, e formar conselhos populares nos locais de trabalho e estudo.

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2) Defendemos a ampliação imediata dos Núcleos de Educação Infantil. Nenhuma criança sem creche. É preciso acabar imediatamente com as filas absurdas para conseguir uma vaga. Para isso é preciso ampliar as NEIs e contratar trabalhadores através de concurso público efetivo. Isso é possível se a verba que hoje enche os bolsos dos empresários da cidade através de isenções de impostos, perdões de dívidas e pelo pagamento de uma falsa dívida do município estivesse indo para onde devia, para as áreas sociais como a educação.

Gean Loureiro (DEM)

Gean Loureiro (DEM)
Gean Loureiro (DEM) (Foto: Arquivo Pessoal)

1) Trabalho, desde o dia 1º de janeiro de 2017, para que todas as escolas municipais sejam tão boas quanto as particulares. Por isso reformamos mais de 90 unidades, instalamos ar-condicionado em todas as salas de aula, inserimos novos equipamentos tecnológicos, internet de alta performance e construímos Escolas do Futuro, modelos para o Brasil, com ensino integral em multilinguagem. Vamos levar esse modelo para mais bairros de Florianópolis e fazer com que os pais queiram optar pelas escolas municipais, não pelo custo, mas pela qualidade.

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2) Na nossa gestão abrimos quase nove mil vagas na rede municipal de educação com a construção de nove creches novas, duas novas escolas e dezenas de reformas e ampliações. Colocamos ar-condicionado em todas as salas de atendimento das crianças, brinquedos educativos e novos parquinhos, alimentação elaborada por nutricionistas. Em algumas comunidades fizemos escola, creche e praça lado a lado e temos unidades prontas para começar a funcionar após a pandemia em outros diferentes bairros. A demanda é crescente, mas temos condições de absorver todos os estudantes.

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Helio Bairros (Patriota)

Helio Bairros (Patriota)
Helio Bairros (Patriota) (Foto: Patriota/Divulgação)

O candidato optou por abordar as duas questões em uma única resposta:

1) Formação continuada para professores com avaliações periódicas e meritocráticas, resgatar a cidadania nos alunos, o respeito a instituição escola e aos professores, com introdução do ensino cívico-militar.

Jair Fernandes (PCO)

Jair Fernandes (PCO)
Jair Fernandes (PCO) (Foto: Divulgação (PCO))

1) Em primeiro lugar, o PCO defende a completa estatização de todos os níveis do ensino, contudo, não basta estatizar as escolas, sejam elas de nível fundamental ou médio, precisam estar nas mãos da comunidade. Defendemos o governo tripartiti, ou seja, os estudantes que tem que decidir sobre a política e os rumos tomados pela escola, assim como, nos ensinos primários, os pais devem ser o representantes destas decisões.

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2) As escolas necessitam ser ampliadas, e isso só poderá ser conquistado com o fim da política em defesa das escolas privadas. Este problema está diretamente ligado ao problema geral da educação, enquanto o povo não poder decidir sobre os rumos das instituições em que eles mesmo usufruem, a educação sempre ficará nas mãos dos interesses capitalistas.

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Orlando Celso da Silva Neto (Novo)

Orlando Celso da Silva Neto
Orlando Celso da Silva Neto (Foto: Novo/Divulgação)

1) O principal problema da educação pública municipal não é a falta de recursos, mas sim a falta de resultados no aprendizado. Instituiremos um programa de recompensas e premiações aos professores que se destacarem na obtenção de resultados. Na medida em que professores da rede forem se aposentando, vamos instituir “escolas charter” (conveniadas), com gestão pela sociedade civil e pagamento parcialmente vinculado aos índices obtidos na melhora do ensino. Nosso plano inclui também introduzir conteúdos que tornem mais atrativa a escola e comecem a preparação dos jovens para a profissionalização.

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2) Nenhum prédio novo será construído ou alugado. Vamos comprar vagas já existentes na rede particular, negociando bons descontos para a compra de volume e condicionando parte do pagamento à qualidade dos serviços e aos resultados obtidos. Vamos zerar a fila de vagas para as creches, todas as crianças terão garantido o seu direito à educação.

Pedro de Assis Silvestre (PL)

Pedro de Assis Silvestre (PL)
Pedro de Assis Silvestre (PL) (Foto: Divulgação)

1) A nossa principal proposta para a educação em Florianópolis é executar o contraturno escolar com atividades de formação e desenvolvimento pessoal dos jovens entre sete e 14 anos. O objetivo é fazer com que eles tenham aulas de idiomas, alfabetização digital para trabalhar na área tecnológica, esporte, cultura e também aulas de cidadania, passando por empreendedorismo, meio ambiente, entre outros temas.

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2) Esse é um problema que se arrasta há bastante tempo porque a prefeitura não segue as metas estabelecidas no Plano Municipal de Educação. Neste plano, que já está aprovado e é lei no município, temos prazos para cumprir com a ampliação das unidades educacionais, além da contratação de profissionais da área de educação, bem como a capacitação dos que já estão atuando. Enquanto as unidades novas não ficam prontas e as ampliações não são concluídas, podemos fazer parcerias para abrir vagas de forma imediata em caráter temporário para que os jovens não fiquem fora da escola.

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Ricardo Camargo Vieira (Solidariedade)

Ricardo Camargo Vieira (Solidariedade)
Ricardo Camargo Vieira (Solidariedade) (Foto: Solidariedade/Divulgação)

1) Construiremos um modelo de educação onde a escola será abraçada pela comunidade, baseado no modelo da Escola da Ponte, de Portugal. Com territórios de ensino e modelo interdisciplinar. Educação com um em cada três profissionais afastado ou adaptado por doença relacionada ao trabalho não funciona. Vamos resgatar a importância do professor. A educação para formação e pra vida, pro desenvolvimento humano, para empreender e para a inovação.

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2) O ensino infantil encontra maior falta de vagas nas comunidades. Ação intersetorial, com a Assistência Social com o fomento de Centros de convivência é um caminho.