Nesta terça-feira, 13, o Diário Catarinense traz a segunda parte de uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Florianópolis com temas que devem nortear a discussão e a campanha eleitoral. E o terceiro assunto abordado é o desenvolvimento econômico.
Continua depois da publicidade
> Veja também as propostas para a saúde dos candidatos a prefeito de Florianópolis
> Quer receber notícias por WhatsApp? Inscreva-se aqui
A reportagem fez duas perguntas aos candidatos:
1) Um dos principais impactos da pandemia foi na economia, com o fechamento de empresas e postos de trabalho. Qual é a sua principal proposta para incentivar a criação de empregos em Florianópolis?
Continua depois da publicidade
2) Aliar o desenvolvimento econômico com práticas ambientalmente sustentáveis é fundamental para o crescimento ordenado da cidade. Qual é a sua principal proposta neste sentido?
> Conheça as propostas para a educação dos candidatos a prefeito da Capital
Confira o que respondeu cada candidato, com as respostas em ordem alfabética:
Alexander Brasil (PRTB)

1) Primeiro que sempre fui contra o fechamento do comércio e escolas em Florianópolis. Pretendo firmar parceria por meio de canal direto com o Ministério da Economia de Paulo Guedes para abertura do mercado, favorecendo o empreendedorismo e a livre iniciativa através de incentivos fiscais.Desburocratizar o setor de tecnologia da informação. Desenvolvimento de parcerias público-privadas que visem a implantação de polos econômicos para gerar emprego e renda e fixar medidas para colaborar com a recuperação dos empresários afetados pelo fechamento do comércio durante a pandemia de Covid-19.
> Eleições 2020: O que esperar da ausência de Bolsonaro nas campanhas
2) Queremos criar a Secretaria Municipal do Mar, alinhada com as potencialidades locais e regionais de Florianópolis e a Implantação de energia limpa e renovável através da criação de fazendas solares que atendam os empreendedores.
Ângela Amin (PP)

1) Vamos atuar de maneira muito intensa em programa de capacitação de jovens e adultos, principalmente com foco no ecossistema da inovação, que já permeia vários setores da nossa economia. Vamos buscar parcerias com empresas de tecnologia e universidades. Outra área importante e atualmente praticamente abandonada é das atividades relacionadas à economia do mar, em especial nossa maricultura, que num passado recente era uma atividade pujante e importante fonte de geração de emprego e renda. Além disso, vamos focar no perfil do turismo pós-pandemia, que será predominantemente local.
Continua depois da publicidade
> Em site especial, acompanhe tudo sobre as eleições municipais 2020
2) Investir naquelas que são as maiores vocações de Florianópolis: a indústria “limpa” das empresas de tecnologia e o turismo. Nesse sentido, o papel do poder público é o de oferecer condições para que o cidadão, dentro da sua vocação, busque se qualificar para o mercado de trabalho. É por isso que vamos oferecer cursos de capacitação, principalmente nas comunidades mais carentes, para dar chance aos talentos que muitas vezes não encontram uma oportunidade de formação e aperfeiçoamento.
Elson Pereira (PSOL)

1) A gestão municipal tem que ser protagonista na proteção de quem trabalha e desenvolve a economia local, principalmente os pequenos empreendedores, os que mais sofrem com os impactos da pandemia. Propomos implantar a política de renegociação de dívidas, com flexibilização de prazos para quem tem pendências com a prefeitura, mediante contrapartida de manutenção de postos de trabalho. Outra medida emergencial é aportar mais recursos próprios no Programa Juro Zero, priorizando projetos que estimulem grupos sociais menos favorecidos na busca de empregos, como negros e mulheres.
> Eleições 2020: “A mulher que chega ao poder é um ponto fora da curva”, diz especialista
2) Nossa cidade possui mais de 50% de área protegida por lei. Um dos princípios do nosso programa é construir uma Florianópolis ambientalmente comprometida, inclusive, independente das iniciativas do governo federal, nós atuaremos para garantir uma legislação municipal em defesa do meio ambiente. Organizar parcerias estratégicas com municípios da região e universidades para o fomento da economia, em busca de inovação para o desenvolvimento econômico. É preciso fomentar o turismo ecologicamente correto, a economia criativa, a indústria tecnológica não poluente e o uso de energia renovável.
Continua depois da publicidade
Gabriela Santetti (PSTU)

1) A prefeitura nada fez para conter demissões na pandemia. Defendemos estatizar grandes e médias empresas que demitirem e colocá-las sob o controle dos trabalhadores. É preciso reverter as demissões com redução da jornada para 30 horas semanais sem redução de salários e por em prática um plano de obras públicas (moradia, creches, hospitais, corredores de ônibus e saneamento) organizado pelos desempregados dos bairros. Isenção de impostos e crédito aos pequenos negócios. Legalização das ocupações, infraestrutura e ampliação de serviços públicos, reservando 70% das vagas para mulheres e negros.
> Eleições 2020 terão menos eleitores jovens em SC; educação política é chave para engajamento
2) A Casan e a Comcap poderiam cumprir um papel determinante na preservação do meio ambiente. Não conseguem fazer isso porque sofrem com políticas de desmonte e de privatização dos sucessivos governos. Florianópolis precisa de um Plano Diretor responsável com a defesa da natureza e não para garantir os resorts a beira mar e a poluição do mangue! Tolerância zero com crimes ambientais e construção do saneamento ambiental: água tratada, tratamento de esgoto e lixo, e coleta de lixo em toda a cidade. Contra a privatização da CASAN e da Comcap!
Gean Loureiro (DEM)

1) A recuperação de empregos e da economia pós-pandemia tem atenção prioritária do nosso governo. Já iniciamos esse trabalho diminuindo burocracias. Nesses últimos meses nos tornamos a Capital mais rápida do Brasil para abrir uma empresa. Além disso, estamos atraindo novos negócios que geram milhares de empregos, como o Parque Marina Beira-Mar Norte, uma lenda antiga em Florianópolis. A cidade que melhor controla a pandemia é a que sofre menos com a economia. Por isso todo o nosso esforço de nos mantermos como a Capital mais segura do Brasil, inclusive com selo de reconhecimento internacional.
> Eleições 2020: número de candidatos negros aumenta em SC, mas representação ainda é um desafio
2) O tema meio-ambiente não tem como ser tratado separado de nenhum outro. Passa por infraestrutura, saúde, educação. Desde o esgoto clandestino, problema que foi encarado de frente na nossa gestão com o Grupo Sanear, e o “Se liga na rede” que aumentou o número de equipes e a comunicação com as comunidades – passando por gestão responsável dos resíduos sólidos: Florianópolis é a 1ª cidade a assumir as metas do Lixo Zero no Brasil, a 1ª a coletar material orgânico verde porta a porta e 1ª a implantar o pagamento pelo tratamento local de orgânicos. A proposta é avançar sempre de forma transversal.
Continua depois da publicidade
Helio Bairros (Patriota)

O candidato optou por abordar as duas questões em uma única resposta:
– Reestruturar o mais rápido possível a economia com a suspensão das medidas restritivas impostas pela prefeitura. Implementar a política de liberdade econômica já para gerar empregos, tirando a prefeitura das costas de quem quer trabalhar. Fazer nos primeiros trinta dias de governo uma reforma administrativa, reduzindo o número de secretaria e de 50% dos cargos comissionados. Iniciar uma reforma tributária para facilitar o pagamento dos impostos e implementar justiça fiscal. Tirar a prefeitura do atraso tecnológico para era digital, onde os processos sejam resolvidos em até trinta dias.
> Infográfico: conheça o perfil do eleitor de Santa Catarina
Jair Fernandes (PCO)

1) Para combater o desemprego defendemos a diminuição da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução salarial. Com a diminuição da jornada, novos postos de trabalho serão abertos e mais pessoas poderão ser empregadas. A criação de obras públicas e a expansão da rede pública de saúde no combate à pandemia também são formas de combater o desemprego.
Continua depois da publicidade
2) O desenvolvimento econômico só será benéfico ao meio ambiente quando o mesmo estiver sobre o controle da população trabalhadora, e não dos capitalistas. Contudo, nada disso é possível no momento em que vivemos, sob o golpe de Estado e o governo de Jair Bolsonaro. Se quisermos avançar por um verdadeiro desenvolvimento da economia junto aos trabalhadores, devemos em primeiro lugar lutar contra os golpistas e Bolsonaro. Por isso, o PCO intervém nas eleições para organizar esta luta, e não fazer promessas ilusórias.
Orlando Celso da Silva Neto (Novo)

1) O Estado, em quaisquer de seus níveis – federal, estadual e municipal, não gera emprego e renda. Essa é a função da iniciativa privada. O que a prefeitura pode fazer para incentivar a criação de empregos é não atrapalhar e deixar as empresas funcionarem livremente. É fundamental que o ambiente de negócios seja facilitado, e vamos simplificar processos e aprovações municipais, gerando segurança jurídica aos investidores e empresários. Com isso, pretendemos oferecer um ambiente de negócios saudável e que se destacará nacionalmente, permitindo a criação de empregos na cidade.
> Candidato a vereador que tinha suástica nazista na piscina em SC é expulso do partido
2) A maior defesa do meio ambiente é um plano diretor flexível e que permita a concentração de construções nas áreas já ocupadas. É inevitável e salutar que a cidade cresça. A única maneira de preservar o meio ambiente é restringir este crescimento às áreas já ocupadas, permitindo a concentração humana com adensamento urbano. Isto facilita, inclusive, a implementação de infraestrutura (saneamento, fornecimento de água, coleta de resíduos, transporte público) e proteger o meio ambiente, não permitindo tornar economicamente interessante a devastação do meio ambiente para novas moradia.
Pedro de Assis Silvestre (PL)

1) Foram aproximadamente 2 mil empresas que fecharam as portas em Florianópolis e cerca de 40 mil desempregados nos últimos meses. A prefeitura tem que estimular a recuperação dos empreendimentos impactados pela crise econômica, bem como impulsionar a abertura de novos negócios. É preciso ter agilidade nos processos de concessão de alvará, bem como a redução da carga tributária como estímulo a esses negócios. Também vamos priorizar as empresas locais nas contratações da prefeitura, ajudando a impulsionar, valorizar e recuperar o comércio, serviço e mão de obra do nosso município.
Continua depois da publicidade
> Aumento de eleitores idosos em SC reforça pautas da terceira idade no debate eleitoral
2) A revisão do Plano Diretor se faz fundamental! Precisamos fazer com que a nossa cidade reconheça as suas vocações, bem como a sua capacidade de suporte e atendimento de determinado número populacional. Sabemos que com a utilização de instrumentos tecnológicos, como a fiscalização via satélite, temos condições de coibir as obras irregulares, o desmatamento e a poluição em nosso município. Florianópolis não pode ser mais a cidade nada pode, pois o nada pode estimula o irregular. Florianópolis tem que ser a cidade do pode com responsabilidade.
Ricardo Camargo Vieira (Solidariedade)

O candidato optou por responder uma única resposta:
Vamos criar incentivos fiscais para atrair investimentos e estimular o empreendedorismo e a inovação, principalmente nas áreas de Turismo, Tecnologia, Comércio e serviços locais e Serviços de saúde. Constituiremos Centros de Empreendedorismo e Inovação nos bairros para apoio ao pequeno empreendedor, servindo de incubadoras. Teremos a CNH social, fornecida pela PMF para que principalmente o jovem possa empreender no setor de entregas e aplicativos de transporte. Trabalharemos em parceria com as Entidades representativas do setor produtivo e com o Sistema S.
Leia também
Impeachment e denúncias contra presidente da Alesc põem dúvidas na política de SC
Continua depois da publicidade
“Muita gente boa passou pelo governo do PT”, diz Bolsonaro em passeio no litoral de São Paulo
Nova CPMF e mudança no abono salarial: o que Paulo Guedes quer discutir depois das Eleições