A menos de um mês da eleição, o ritmo de campanha é intenso entre os candidatos a prefeito de Florianópolis. Com orçamentos franciscanos devido à limitação de gastos estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral, onde há concentração de pessoas existem candidatos. Vale pedir voto nas sinaleiras, aproveitar os eventos e usar e abusar das cenas das ruas para promover os conteúdos nas redes sociais. O DC acompanhou um compromisso externo de cada um dos principais candidatos da Capital, confira.
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Gean Loureiro – Segunda-feira, dia 5
O relógio marcava 7h51min, tinha sol forte e Gean Loureiro (PMDB) já estava em uma das sinaleiras da Avenida Beira-Mar Norte, nas proximidades da Praça Governador Celso Ramos. Vestindo tênis e roupas confortáveis, de costas para o sol, de janela em janela, os passos curtos percorriam a via em busca de um olhar ou de um aceno positivo que lhe desse permissão para entregar o folheto com as propostas de governo.
Durante a meia hora em que foi acompanhado, o semáforo escolhido abriu e fechou pelo menos 40 vezes. De todos, os mais simpáticos ao político _ que já estava ali desde as 6h _ eram os motoristas de ônibus. Ao menor sorriso, já abriam a pequena janela e se esticavam para um cumprimento. Evitando os motociclistas, Gean foi, de maneira geral, bem recebido pelos motoristas. Até aqueles que optavam por deixar os vidros suspensos, acenavam. Questionado se estava cansado, respondeu:
— Estou bem disposto, mas confesso, cansa um pouco — ri ao revelar que perdeu 12 quilos na eleição de 2012 e está se alimentando melhor agora.
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Angela Albino – Segunda-feira, dia 5
Com o calor, entre uma conversa e outra, Angela Albino (PCdoB), bebia um gole d¿água direto da garrafa plástica. A visita ao comércio, marcada inicialmente para as 9h30min, atrasou por conta do compromisso anterior. O relógio marcava 11h quando a candidata se posicionou na chamada Esquina Democrática, no centro de Florianópolis.
De jeans, camisa azul e um blazer bege decorado um adesivo da campanha, se misturou em meio aos demais. Dividindo espaço com a mobilização do candidato Elson Pereira (PSOL), a reprodução constante do jingle do adversário confundia quem olhava de longe, que se demorava a entender qual era o político que estava ali. De longe, a equipe de apoio alertou a reportagem de que, se quisesse falar com Angela era melhor se apressar. “Está muito quente, logo iremos embora”, balbuciou a assessora. Preocupada, a candidata preferiu conversar na sombra.
— As redes (sociais) são muito importantes, mas é só na rua que as pessoas conseguem perceber que somos “gente como a gente” — avaliou.
Elson Pereira – Quarta-feira, dia 7
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Faltando 15 minutos para o meio-dia, a mobilização encabeçada por Elson Pereira (PSOL) já começava a minguar. De jeans preto e camisa social branca, o candidato a prefeito de Florianópolis conversava pacientemente com quem passava pela Rua Maestro Aldo Krieger, no Córrego Grande. Era mais um entre as aproximadamente 30 pessoas que formavam a comitiva.
Elson, que a todo momento sorria para as câmeras que captavam imagens de apoio para alimentar as redes sociais que noticiam a corrida eleitoral do prefeiturável, não refletia o calor que emanava do asfalto. Prestes a finalizar o compromisso que preenche a manhã de feriado, enquanto uma das mãos cumprimentava um casal de moradores, a outra acolhia folhetos de propostas. No meio de todo o vaivém de Elson, um apoiador carregava a tiracolo uma caixa de som portátil com o jingle do candidato.
— As pessoas não me trazem demanda, por incrível que pareça. Muitas só querem desejar boa sorte e conversar um pouco — resumiu Elson.
Murilo Flores
Desde segunda-feira o candidato participa de encontros fechados ou reuniões. Nenhum dos compromissos foi acompanhado pela reportagem, já que as atividades externas eram o foco da apuração. Nesta quarta-feira, após gravar para o programa eleitoral para o horário político, Murilo Flores teria, segundo o assessor de imprensa, se sentido mal e, com dor nas costas, precisou cancelar os demais compromissos.
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