Dentro de quatro dias termina a propaganda eleitoral gratuita. Para a maioria do eleitorado, acaba a xaropada política. Se é real que alguns candidatos trouxeram contribuições inovadoras e propostas criativas, o balanço geral frustrou o eleitorado. Que, diga-se, já não estava muito interessado nas eleições.

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As primeiras decepções vieram com a nominata dos candidatos majoritários em incontáveis municípios. Prevaleceu a mesmice, a falta de renovação. Seguiu-se a nova lei eleitoral, estimulando o continuísmo, com a redução do tempo e do prazo da campanha. Sem falar nos folclóricos candidatos às Câmaras, com apelidos e slogans de chorar. Ou postulantes às prefeituras em partidos nanicos, inexpressivos, apresentando figuras ridículas, lendo discursos arrastados, totalmente sem conteúdo.

Esta campanha está a indicar uma tendência: a de pouquíssima renovação nas Câmaras de Vereadores, o que deve agravar a gestão.

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A crise política nacional e a sucessão de denúncias envolvendo novos casos de corrupção com cifras bilionárias monopolizaram as atenções do eleitor, esvaziando o interesse pelas eleições municipais.

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Finalmente, a repetitiva retórica de trabalhar “pelos que mais precisam”, quando a prioridade deveria ser de batalhar pelos “que mais merecem”. As campanhas limitaram-se ao assistencialismo de “mais creches” e mais tudo. E restritas propostas de desenvolvimento cultural, humano e econômico, com mais educação, geração de emprego e efetivos incentivos ao empreendedorismo.

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