Todas as atenções da liderança política europeia e dos mercados financeiros estarão voltadas para o resultado das eleições gregas, marcadas para este domingo. Este será o segundo pleito legislativo em seis semanas, convocado após a inconclusiva votação de 6 de maio, que não permitiu a formação de um governo apoiado por maioria parlamentar.
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Os eleitores indecisos, avaliados em 700 mil, deverão optar entre os conservadores da Nova Democracia, liderados por Antonis Samaras, que se apresentam como garantia da permanência do país na zona do euro, e a esquerda radical do Syriza, liderada por Alexis Tsipras, que se opõe às medidas de austeridade incluídas nas reformas impostas pela União Europeia (UE) à Grécia.
O desfecho das eleições gregas será decisivo para o futuro de um país de 11 milhões de habitantes que se tornou o “elo frágil” da UE e da zona do euro e se encontra em acentuada crise econômica e social. As sondagens dos últimos dias, que não podem ser divulgadas publicamente, devido à lei eleitoral grega, indicam uma ligeira vantagem para a Nova Democracia, mas o desfecho permanece imprevisível.
A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou “muito importante” que os gregos elejam uma maioria política capaz de respeitar os compromissos assumidos com a União Europeia em matéria de austeridade. Durante congresso regional de seu partido, em Darmstadt, oeste da Alemanha, Merkel disse que o resultado que sair das eleições deve permitir aos vencedores “manter tais compromissos”.
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O governo alemão tem evitado se manifestar diretamente sobre os partidos que disputam as eleições legislativas na Grécia, por respeito ao princípio da não ingerência.