Uma eleição que marcou história em Santa Catarina foi decidida por apenas um voto, em 2004. O caso foi em Indaial, no Vale do Itajaí, numa eleição municipal. Pode fazer 20 anos, mas o caso reflete exatamente a importância de cada um dos votos.

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Em todo o Estado, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 5 milhões de pessoas estão aptas a votar. Cerca de 2,8 milhões, ou seja, 52% dos eleitores são mulheres e 2,6 milhões (48%) são homens. Pessoas solteiras também estão em maior número: 53%.

Na faixa etária, a maioria tem entre 35 e 39 anos. Eleitores com ensino médio completo estão em maior quantidade no Estado, com 26% do total.

Yacli Arno Horst, taxista, lembra bem a eleição histórica de Indaial. Na época, ele votava em Blumenau, mas a esposa dele votava em Indaial.

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— Eu me lembro que a gente estava caminhando na rua e tinha um candidato comemorando em cima do caminhão, todo feliz, o pessoal do partido super contente, comemorando. Passou alguns minutos, chegou alguém e falou: “apareceu mais uma urna que tinha a diferença de um voto”. Aí mandaram lá, “senhor prefeito, pode descer que não é dessa vez, que quem venceu foi o outro candidato com uma diferença de um voto” — narra o morador.

Para o professor de administração pública Daniel Pinheiro, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), uma eleição como a deste ano, municipal, reflete o quão importante é escolher bem um candidato.

— Promessas muito demagógicas, ou que não tragam proposta de valor específicos, podem se tornar vazias. Então o eleitor tem que ter muito cuidado em olhar se aquela proposta do candidato tem um resultado prático — explica.

Nestas eleições, os temas-chave das propostas devem ser:

  • Infraestrutura: propostas que possam garantir recursos para melhorar os gargalos existentes nos municípios.
  • Investimentos que possam criar a capacidade de conexão dentro das regiões.
  • Saúde: as doenças respiratórias e epidemias forçam os gestores a pensar em alternativas para prevenção e vacinação. Uma demanda para que a população não dependa apenas dos grandes hospitais.
  • Educação: investimento na base e em processos diferenciados para uma educação vocacionada, pensando no mercado de trabalho também são tópicos importantes para o eleitor.
  • Atenção e assistência às pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade nos municípios, bem como os migrantes.

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— A eleição municipal é para a vida, para o cotidiano de uma cidade, para o município, para as pessoas que nela moram. É a instância mais próxima do setor público ao cidadão, da decisão pública ao cidadão, da aplicação de políticas públicas. Por isso é muito importante olhar bem, escolher bem, tanto para os legislativos, as câmaras, quanto para o executivo, para prefeito.

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