O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e o futuro governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), ainda estão montando suas equipes de trabalho. Vão assumir os respectivos postos em 1º de janeiro de 2019, redesenhando o cenário político no país e no Estado. Em Blumenau, o quadro para as disputas municipais de 2020 vai ganhar os primeiros traços nas próximas semanas, com a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores para a gestão 2019-2020. Na recente história política da cidade, a escolha do presidente do Legislativo serviu de certa forma para definir as composições das chapas na disputa pela prefeitura.
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Foi assim com os últimos três vice-prefeitos eleitos em Blumenau. Todos comandaram a Câmara na legislatura anterior: Rufinus Seibt em 2008, Jovino Cardoso em 2012 e Mário Hildebrandt em 2016. O último herdou a cadeira e a caneta do Executivo, após a renúncia de Napoleão Bernardes (PSDB) para concorrer nas últimas eleições.
A data para a escolha da nova Mesa Diretora, porém, ainda não está definida. Pelo regimento interno, o processo deve ocorrer na primeira quinzena de dezembro. O atual presidente da Casa, Marcos da Rosa (DEM), sustenta que o processo ocorrerá entre os dias 11 e 13 de dezembro. A definição ainda depende de um acerto que envolve o Executivo, já que Rosa vai ocupar a cadeira de prefeito interinamente entre o fim deste mês e o início de dezembro.
Neste período, o prefeito Mário Hildebrandt (PSB) viajará para a França. A viagem faz parte da conquista de um prêmio da Udesc. Hildebrandt planeja ainda pegar alguns dias de férias, por isso a interinidade de Rosa deve se estender até dezembro.
Assim como o dia da eleição, a escolha para os componentes da nova gestão da Casa é marcada por um clima de indefinição. A reportagem do Santa conversou com os 15 vereadores nesta semana. Há quem defenda que “tudo é possível e que todos são concorrentes”, assim como há quem sustente que ainda é cedo para tratar do assunto. Certo é que para todos os parlamentares defendem a conversa e a construção de uma composição consensual.
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Dois vereadores se colocam à frente no processo: o líder do governo na Casa, Alexandre Matias (PSDB), e o atual vice-presidente, Almir Vieira (PP). Integrantes da base de apoio ao governo, ambos afirmam contar com o apoio de outros parlamentares e apontam para o caminho de uma composição de consenso. Descartando uma eventual disputa por votos.
Matias afirma que a candidatura nasceu ao longo da atuação na liderança do governo.
– Conversei com vários vereadores sobre o assunto e pretendo sustentar essa situação (da candidatura como futuro presidente) até o fim. Mas defendo a busca pelo consenso – argumenta o tucano.
Vieira diz que o cenário é favorável para todos, que cada parlamentar busque o espaço, e apoia-se na experiência como atual vice para ser o futuro presidente da Câmara.
– Um grupo de vereadores pediu para eu colocar o meu nome. Tudo vai depender de uma conversa com o governo. Há espaço para a busca de um consenso – pondera o pepista.
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