De acordo com as investigações do delegado da Polícia Civil, Luis Otávio Pohlmann, o estudante de 16 anos encontrado morto no banheiro do Instituto Federal Catarinense em Sombrio, no dia 18 de novembro, foi assassinado friamente pelo jovem de 17 anos com quem teria um relacionamento amoroso. O autor teria planejado o crime, ele confessou que matou o jovem porque os dois estariam vivendo um romance conturbado.
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Nesta sexta-feira o Ministério Público apresentaria a representação do caso e o jovem de 17 anos ficará à disposição da Justiça para o julgamento. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente ele poderá ficar internado por um período máximo de três anos. Ele permanece apreendido no Centro de Internação Provisória (CIP), em Criciúma, e pode permanecer no local por até 45 dias.
Diário Catarinense – Quais foram os principais indícios que o levaram a desconfiar da versão do autor do crime?
Luis Otávio Pohlmann – Ele estava nervoso e primeiro negava o envolvimento, depois falou em pacto de suicídio. Aquela cena que ele narrou não parecia verídica, não se tratava de suicídio e sim de um homicídio. Posteriormente trouxe uma terceira versão, que o relacionamento passava por momentos conturbados e acabou optando pela morte da vítima, mas sempre com mecanismos de escapar da culpa.
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DC – Como o senhor avalia o caso?
Pohlmann – Foi um caso fácil de se identificar, em nenhum momento trabalhamos com a hipótese de suicídio porque ele disse ter participação na morte da vítima. O restante foi a conclusão lógica das provas. Ficou marcante a frieza dele em planejar tudo.
DC – Na época do crime se falou muito sobre uma possível resistência de familiares ao relacionamento homossexual entre os dois e que isto teria motivado o crime. O senhor acredita que possa ter interferido?
Pohlmann – Ele teria planejado a morte e dopado a vítima por um descontentamento com o relacionamento, independente do tipo de relacionamento e do impedimento ou não das famílias. Demonstrou frieza ainda em transferir a responsabilidade para as famílias.
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