Amigos e familiares de Amanda Grabner Zimmermann, Suelen Hedler da Silveira, Maria Eduarda Kraemer, Thayná Cirico e Thainara Schwartz, vítimas de um grave acidente na BR-470 em fevereiro deste ano, fizeram uma manifestação em frente ao Fórum de Gaspar nesta segunda-feira. O grupo pede justiça no caso que envolve Evanio Wylyan Prestini, que conduzia um Jaguar que atingiu o carro onde estavam as garotas. Duas delas, Amanda e Suelen, morreram.

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Evanio participa desde as 15h15min de uma audiência de instrução e julgamento. Na prática é a primeira vez que ele, as vítimas e as testemunhas são ouvidos formalmente pela Justiça em um dos trâmites mais importantes do processo. Isso porque é nessa etapa que o juiz decide se Evanio irá ou não a júri popular – embora essa definição não necessariamente seja dada nesta segunda-feira.

Durante o protesto, familiares voltaram a pedir para que Evanio seja condenado pela morte das jovens. A avó de Amanda, Anita Riewe, chegou a dizer que não quer vingança e disse que Evanio tem seu perdão.

– Ele (o Evanio) tem meu perdão, mas o que eu quero nesse momento é justiça. Justiça para que outras famílias não passem pela mesma tragédia que nós. Eu sofro porque minha filha, que é a mãe da Amanda, sofre todos os dias – lamenta Anita.

Quem também participou da manifestação foi Graziela de Mello, mãe da Thayná, uma das jovens que escapou com vida do acidente.

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– As mães das meninas que sobreviveram também sofrem. Minha filha vai todos os dias para Itajaí e eu espero ela até 1h, 2h da manhã. Só fico calma quando ela chega em casa – relata Graziela.

Às 14h32min os advogados de Evanio Prestini chegaram ao Fórum de Gaspar. Eles passaram em meio aos familiares e amigos, porém não houve qualquer tipo de diálogo. A expectativa é de que a audiência de instrução se estenda até as 19h.

O acidente

A batida envolvendo o Jaguar e o Fiat Palio aconteceu por volta das 6h da manhã de 23 de fevereiro na BR-470, em Gaspar. Duas garotas morreram, Amanda Grabner Zimmermann, 18, e Suelen Hedler da Silveira, 21. O condutor do carro de luxo, Evanio Prestini, foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,72 miligrama de álcool por litro de ar expelido.

Ele foi preso em flagrante. No dia seguinte ao acidente, a prisão foi convertida para preventiva. Os advogados de Evanio pediram a revogação da prisão, que foi negada pela Comarca de Gaspar.

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A defesa, então, entrou com o pedido de uma liminar de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que também foi negado. Quase duas semanas depois, no julgamento do Colegiado, os desembargadores decidiram por manter Evanio no Presídio Regional de Blumenau.