Eram 5h da madrugada quando Robinho conseguiu pegar no sono, quase 8h depois da vitória do Avaí sobre o Atlético-Ib no dia 29 de janeiro. O motivo da insônia não foi a euforia pelo resultado, mas a insatisfação com o seu desempenho em campo. A fraca atuação e as vaias da torcida perturbaram o jogador, principalmente porque ele garante que tem condições de ser o camisa 10 do Leão.
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Deixar os companheiros na cara do gol é a função que Robson Michael Signorini, o Robinho, mais gosta de desempenhar e que o consagrou no Mogi Mirim em 2008, no acesso à elite do Campeonato Paulista. Foi a sua atuação nesta posição que chamou a atenção do Santos, time que comprou parte de seus direitos federativos na época.
Após a ida de Marquinhos para o Peixe, Robinho acabou na Ressacada em 2010 e fez parte da equipe que conquistou o bicampeonato e chegou às quartas de final da Copa Sul-Americana. Em 54 jogos, marcou sete gols e deu assistência para outros 17. Depois do voltar ao Santos, o meia se deparou com a concorrência de Elano e Ganso e pediu para retornar a Florianópolis. A diretoria comprou parte de seus direitos federativos e Robinho foi reapresentado em maio de 2011.
De coadjuvante, o meia passou à protagonista com a chegada do treinador Mauro Ovelha. Desde então, tem se esforçado para corresponder à confiança do técnico e dos companheiros. Robinho garante se empenhar diariamente para resgatar as boas atuações que renderam-lhe elogios no Santos e no Mogi Mirim. E, acima de tudo, satisfazer às cobranças de parte da torcida.
– É onde eu gosto de jogar e onde eu sei jogar. Infelizmente não fiz boas partidas, mas vou buscar. Tenho certeza que estou no lugar certo e não vou deixar passar essa oportunidade – avisa.
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O esforço não se limita apenas aos treinos do professor Ovelha. Robinho tem conversado com a psicóloga do clube, Tatiana Marcela Rotta e com os atletas mais experientes, como o goleiro Moretto, o capitão Marcinho Guerreiro e o volante Diogo Orlando. Em casa, tem assistido às partidas do Avaí gravadas pela mulher Priscila para analisar onde estão os seus erros e o que pode fazer para melhorar.
A chegada de concorrentes, como o meia Saldanha, não incomodam. Mas, as vaias e os xingamentos de muitos torcedores têm perturbado o jogador. Muitas vezes, as críticas têm o deixado tão chateado que Robinho tem evitado até de brincar com o filho Cauã, de 1 ano e 2 meses.
O meia acredita que o nervosismo tem prejudicado o seu desempenho. E anseia por um voto de confiança do torcedor hoje, na Ressacada, às 19h30min, diante do Camboriú.
– Vou procurar me dedicar muito, fazer as jogadas, esquecer a pressão e fazer meu melhor. Se não der certo e quiserem me vaiar no final, tudo bem. Mas, durante a partida, peço aos torcedores que tenham um pouquinho de paciência – solicita.
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