Entrevista: Rui Pimenta, advogado de Bruno
Zero Hora – Qual é a sua tese?
Rui Pimenta – É a negativa de autoria. O processo não procede, há sérios indícios que a Eliza está viva. Um taxista fez uma corrida para ela em São Paulo. Ouviu ela falando que iria se encontrar com Bruninho (nome do filho da modelo com goleiro). Depois, ela entrou em um hotel. Estou atrás de imagens de câmeras. Se for verdade, vou suspender o júri.
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ZH – Se não existe corpo não tem crime?
Pimenta – A lei diz que se não tem corpo tem de ter, pelo menos, indícios do crime. Disseram que ela foi estrangulada e jogada para cachorros, mas vieram médicos legistas de todos os lugares, só cobra, procuraram fios de cabelo, saliva, qualquer coisa, varreram o lugar e não encontraram nada.
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ZH – Onde estaria Eliza?
Pimenta – O padrasto do Bruno, que é um malandrão, e está preso em Governador Valadares, levou ela para fazer um passaporte com nome falso para ela sair do país. Ela foi para São Paulo, passou pela Bolívia e depois foi para o Leste Europeu. Tem amigas trabalhando lá como profissionais do sexo. Pedimos para o padrasto ser ouvido, mas a juíza não aceitou.
ZH – O senhor está convicto da inocência do Bruno?
Pimenta – Se crime houve, foi ao arrepio do Bruno. Ele nunca quis a morte dela. Ia ganhar U$ 5 milhões de luvas e U$ 500 mil por mês para jogar no Milan, da Itália.
ZH – O Bruno está pobre?
Pimenta – Não, ele tem patrimônio, mas pessoalmente está um suco, acabado.
ZH – O Bruno fala em voltar a jogar…
Pimenta – Ele é o melhor goleiro do mundo. Deu três títulos para o Flamengo. Quer ser campeão do mundo pelo Brasil, no Maracanã, em 2014.