Identificar transtornos como o autismo (TEA) e o TDAH pode ser um processo demorado e caro no Brasil. O diagnóstico, que frequentemente leva anos e exige um alto investimento financeiro, acaba atrasando intervenções essenciais para a qualidade de vida.

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Contudo, uma inovação brasileira promete mudar essa realidade. A Braine, startup fundada pelo mineiro Gabriel Cirino, doutorando da USP, desenvolveu uma ferramenta que acelera o processo para apenas algumas semanas, com custo reduzido e capacidade de alcançar áreas remotas do país.

Esse avanço representa mais do que uma tecnologia; é uma iniciativa com o objetivo de democratizar o acesso à saúde. O projeto nasceu da própria jornada pessoal de Gabriel, que passou anos sem um diagnóstico adequado e agora busca ajudar outras pessoas a evitar a mesma experiência.

Uma jornada pessoal que inspira uma startup

Gabriel Cirino sempre se destacou pela sua inteligência, mas sua trajetória foi marcada por desafios. Ele levou 15 anos para concluir a graduação e enfrentou a perda de bolsas e empregos antes de descobrir sua própria neurodiversidade, com TDAH e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

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O diagnóstico transformou sua vida. Com o devido acompanhamento, ele concluiu o mestrado rapidamente e iniciou seu doutorado. Essa experiência pessoal motivou a criação da Braine, para que outras pessoas não precisem enfrentar a demora e o sofrimento que ele viveu.

A inteligência algorítmica a serviço da saúde

A Braine usa inteligência algorítmica para simplificar o diagnóstico de TEA e TDAH. Em vez do processo longo e oneroso, a ferramenta oferece uma solução baseada em padrões de neuropsicologia adaptados à realidade do Brasil, reduzindo o tempo de espera de anos para poucas semanas.

A plataforma gera relatórios completos para apoiar o trabalho de médicos e psicólogos, permitindo que os profissionais foquem no cuidado e nas intervenções, não em longas entrevistas. Além disso, a tecnologia permite que familiares e pacientes respondam às avaliações pelo celular, democratizando o acesso.

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Um movimento pela inclusão social

A startup não busca apenas agilizar diagnósticos, mas também gerar um impacto social. Ao se integrar com sistemas governamentais, a Braine pode auxiliar na criação de Planos Educacionais Individuais (PEI) e outras políticas públicas para crianças neurodivergentes.

O objetivo de Gabriel é expandir a solução para psicólogos, governos e famílias em todo o país. A Braine se propõe a ser mais que uma startup: “o tratamento fez dele um ‘foguete’”, e agora, com a sua ferramenta, “ele pretende levar junto milhões de pessoas que ainda aguardam um diagnóstico transformador”.

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