Morto na noite de quinta-feira em Içara, no Sul de Santa Catarina, Clovis da Silva Barbosa, 43 anos, era uma pessoa tranquila. Assim resumiram amigos e familiares durante o velório dele, na tarde desta sexta, na tarde desta sexta. Clóvis foi vítima de latrocínio, e esse é segundo crime envolvendo motoristas de aplicativo registrado no Estado somente essa semana.

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Os dois acusados de matar Clovis foram presos em flagrante ainda na noite de quinta-feira. Morador do bairro São Simão, em Criciúma, Clóvis será sepultado na manhã deste sábado, ás 9h, no cemitério do bairro.

Cleusa Godoi, 51 anos, foi a primeira a receber a notícia da morte do irmão, mas até o momento ela diz que "a ficha não caiu".

— Ele trabalhava com isso há pouco mais de um mês, sempre fazendo um bico aqui, outro ali. Era muito inteligente, tudo que ele pegava para fazer, se dava bem. A ficha ainda não caiu, ele era um cara muito de boa — contou a irmã.

Clóvis deixa a esposa e um filho de sete anos. Ele costumava trabalhar com topografia, entre outras atividades, mas quando ficou desemprego decidiu utilizar o carro para garantir a renda da família.

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Protesto pelas ruas de Criciúma

Os colegas de atividade protestaram pelas ruas de Criciúma na tarde desta sexta. Pelo menos 40 motoristas se reuniram em carreata, e depois seguiram até a capela para se despedir de Clovis e dar os pêsames à família.

Adenilson José Vasco, que há três meses atua como motorista para garantir renda extra, disse que o momento é deliciado para a categoria.

— Alguns bairros a gente acaba negando corrida, após determinado horário também. A gente tem cuidado, mas está cada vez mais perigoso. Muitas vezes quando é chamado a gente vai na insegurança, no medo — lamentou Vasco.

Motoristas de aplicativo protestaram pela morte do colega
Motoristas de aplicativo protestaram pela morte do colega (Foto: Lariane Cagnini / Diário Catarinense)

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