Ele é o Nego. Da pizzaria

Para algumas pessoas, chegar ao fundo do poço pode ser um momento de tristeza e de lamento. Mas, para outras, é hora de pegar impulso para dar um salto. Esta foi uma das lições mais valiosas que o empresário Osvaldo Luiz Ceolin, 53 anos, aprendeu e transmite para quem está ao seu redor.

Ele talvez não seja tão conhecido por seu nome de batismo. Mas seu apelido é bem famoso: Nego. Ele é o dono da Pizzaria e Restaurante do Nego, que fica no bairro Fátima, zona Sul de Joinville.

De pele branca e olhos claros, Nego gosta muito do apelido que recebeu carinhosamente dos pais, quando ainda era uma criança de colo. Simpático, atencioso e bem humorado, ele é referência de perseverança para amigos e clientes fiéis.

Quem conhece a sua história acaba concordando também. Quando perdeu os dois empregos que mantinha ao mesmo tempo – de garçom e de torneiro mecânico -, em 1991, ele concluiu que precisava dar a volta por cima. E foi aí que surgiu uma grande ideia, que se materializou de forma humilde.

– Como a maioria dos cidadãos brasileiros, a primeira atitude ao perder o emprego é de abrir o próprio negócio. Assim o fiz – conta Nego.

Ele não fugiu à regra e resolveu abrir uma lanchonete.

– Começamos sem funcionários, somente Florentina, minha mulher, com nossos dois filhos. Até então, não tínhamos um nome mais apropriado para nossa lanchonete, muito simples, com 20 cadeiras e cinco mesas de pínus – relembra, nostálgico.

Não demorou para que Nego começasse a receber currículo de gente interessada em trabalhar com ele. Hoje, ele tem 44 funcionários e 600 lugares divididos em quatro salões para eventos. Quando relembra sua trajetória, o empresário destaca que o importante é que os clientes estejam felizes.

– O cliente satisfeito é que mantém o nosso emprego – argumenta.

Não é ele quem prepara os pratos do restaurante, mas sua especialidade é bem valorizada por quem frequenta o local. Nego recebe os clientes e faz as entregas em domicílio.

Cheio de simpatia, é impossível não gostar dele. Apesar de não ser joinvilense – nasceu em Braço do Norte, no Sul do Estado -, Nego jura que o melhor lugar para viver é a Cidade das Flores, onde ele mora há 20 anos.