Embora os homens sofram três vezes mais infartos, o número de mortes por doenças cardíacas é maior nas mulheres, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O motivo é a ausência de sintomas. “Elas podem não ter uma angina clássica, e os sinais podem se confundir com dores por esforço físico”, diz o cardiologista Cleber Mazzaro.
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Segundo ele, o que leva as mulheres a apresentarem menos sintomas que os homens, como dores no peito, por exemplo, ainda não é claro para a medicina e está sendo estudado. Uma possibilidade é de a causa ser genética ou hormonal.
Por outro lado, o estilo de vida das mulheres é atualmente mais parecido com o do sexo oposto e, portanto, mais sujeito a jornadas de trabalho exaustivas e alimentação ruim. “Isso fez com que os quadros agudos de doenças coronarianas que atingiam os homens também passassem a acometer as mulheres”, conta o cardiologista.
Com os sintomas clássicos ausentes, fica mais difícil diagnosticar a doença para iniciar o tratamento. Os infartos são responsáveis por mais de 32 mil mortes de brasileiras por ano, segundo o Ministério da Saúde.
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E o número poderia ser ainda maior se não fosse por um atitude tipicamente feminino, que é se preocupar mais com a saúde e ir ao médico com mais frequência do que os homens. “Ao sentir uma dor mais intensa ou que persiste por mais tempo, a mulher procura orientação. O homem demora mais”, diz Mazzaro.
Mesmo com as diferenças, o cardiologista alerta para as principais causas das doenças cardíacas, que podem ser evitadas. “O tabagismo e o sedentarismo são propulsores das cardiopatias. Uma mulher que fuma e não adota hábitos de vida saudável está mais sujeita a sofrer um infarto”, afirma.