Alegre, talentosa, brincalhona e prestativa. É assim que amigos e familiares descrevem Jhenniffer Grosse Gerolla. São essas palavras que eles levarão daqui em diante ao lembrarem-se da menina de 14 anos, vítima de um acidente na Estrada Rio do Ferro, na manhã do último sábado (16), no bairro Aventureiro. Ela conduzia o pai cadeirante quando foi atingida por um veículo que teria perdido o controle.
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Menina de 14 anos morre atropelada, enquanto guiava o pai em uma cadeira de rodas em Joinville
A irmã, Marta Grosse Cardoso, de 31 anos, lembra a forma como Jhenniffer fazia para deixa-los bem, mesmo diante das dificuldades. Muito apegada ao pai, a menina o ajudava na venda de produtos alimentícios e dos artesanatos que ela mesma produzia para arrecadar dinheiro à família. Eles costumavam sair pelas redondezas da Vila Cubatão, onde moravam, para oferecer os produtos à vizinhança e a quem passava na rua. Ele sentado na cadeira e ela, o empurrando. Era o que estavam fazendo no momento do acidente. Segundo a irmã, Jhenniffer não tinha vergonha de ser quem ela era e nem de sua realidade.
– Ela sempre nos fazia sorrir. Podíamos estar na pior, ela sempre fazia algo para nos deixar melhor. Isso é o que sempre vou lembrar – detalha Marta.
A menina estava prestes a fazer 15 anos, no próximo mês e, por isso, também guardava dinheiro para a esperada festa.
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– Hoje ela está usando o vestido que usaria no dia do aniversário – lamenta a irmã.
Amigos próximos à família também se lembram do talento da menina. Ela já quis ser modelo, mas desistiu para dedicar-se à dança. Jhenniffer fazia aulas de dança contemporânea em uma escola de artes da cidade. Além disso, também gostava de atuar em teatro e de cantar. Na igreja onde frequentava e na escola onde estudava, no 9º ano, a adolescente tomava à frente das produções artísticas.
– Ela não vivia para ela. Ela vivia para os outros – finaliza a irmã emocionada.