Foi paixão à primeira vista. Hoje, sete anos depois, é amor puro na vida de Liliane Marquesi. Os primeiros passos ganharam ritmo, embalaram o grupo Dança & Tradição e marcaram as coreografias das aulas folclóricas em seu estúdio.
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A relação da curitibana de 30 anos com a tradição do Rio Grande do Sul começou em um baile na Sociedade Floresta, em Joinville. Sem conhecer dança de salão, ela aceitou o convite de um amigo. A noite de descontração trouxe grandes mudanças em sua vida. Foram duas paixões avassaladoras. Uma delas, pela beleza dos passos coreográficos e dos trajes típicos. A outra, pelo rapaz que a convidou para dançar.
O rapaz, Carlos Maguerroski, virou namorado, depois marido e levou Liliane para o curso de danças gaúchas.
– Nas aulas, eu aprendia o básico. Em casa, ele me ensinava o estilizado, porque queria dançar assim na formatura – lembra.
Os ensaios particulares logo chamaram a atenção de vizinhos. O espaço ficou pequeno.
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Começou assim a história do Dança & Tradição, que, numa definição da própria Liliane, é “um grupo de invernada artística, com danças folclóricas e pesquisa da cultura tradicionalista do Rio Grande do Sul”.
O grupo surgiu durante a febre gaúcha em Joinville, quando o número de cursos de danças gaúchas se multiplicou e os bailes a rigor pipocaram na agenda de eventos da cidade.
– Chegamos a fazer quatro apresentações no mesmo dia, em locais diferentes. E tínhamos mais de 200 alunos – conta a artesã, que divide o tempo com seu trabalho, os ensaios e a faculdade de pedagogia.
Quando a moda passou, o grupo já estava estabelecido. O estúdio próprio sobrevive até hoje como uma das referências do tradicionalismo na cidade, com participação nos palcos abertos dos últimos cinco Festivais de Dança e o prêmio do Festival Nacional Lisa Jaworski, em Jaraguá do Sul, no ano passado.
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Para Liliane, o excesso de exposição banalizou a cultura gaúcha em Joinville.
– Eu procuro sempre explicar o porquê de cada traje, contar a história de cada estilo de dança. Todas as coreografias são criadas com base em pesquisas.
A paixão pelo Rio Grande do Sul é levada a sério. Mesmo que Liliane nunca tenha colocado os pés no Estado vizinho.
– Vontade de visitar não me falta, claro, mas com tanta correria é difícil tirar tempo para viajar – brinca.