O El Niño deste ano, que atinge o Sul do país de forma intensa, pode ser o mais agudo dos últimos 25 anos, conforme a previsão do instituto MetSul divulgado nesta semana. Segundo o documento, houve um aumento de temperatura da superfície do mar de 1,1ºC para pouco mais de 1,4ºC no Oceano Pacífico.
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Por conta da crescente, de acordo com o estudo, as chances de o fenômeno se tornar um forte evento são altas para a costa da América do Sul. Os dados levam em conta informações da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, nos Estados Unidos.
Desde 1983 o oceano não apresentava anomalias de temperaturas superficiais tão altas, conforme o documento. Na época, o Oceano Pacífico chegou a ter a superfície acima dos 4ºC. O pico ocorreu em 4,5ºC em 29 de junho de 1983.
A tendência para os próximos meses, a partir dos números colhidos pelo estudo, é de que as temperaturas se intensifiquem, registrando durante a primavera extremo de chuva no Sul do país.
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O El Niño é um dos fatores que pode influenciar na previsão de recordes de temperaturas nos próximos quatro anos e, com os dados apresentados, há possibilidade de o aquecimento ultrapassar a média de 1,5°C anual.
O que é o El ninõ?
O fenômeno do El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico e, geralmente, ocorre no segundo semestre do ano. É nesse período que as águas ficam pelo menos 0,5°C acima da média por no mínimo seis meses.
Na condição do mar, normalmente o movimento dos ventos empurra o oceano da superfície para o Oeste, permitindo que a água mais profunda e fria suba. No entanto, quando os ventos estão enfraquecidos ou invertem a direção, como o que causa o El Niño, essa troca de águas não ocorre e as mais quentes permanecem por mais tempo paradas na superfície.
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