Meteorologistas do mundo todo estão com os olhos voltados para o Oceano Pacífico. Isso porque a região é um termômetro para o El Niño, e tudo indica que o fenômeno climático vai interferir no clima a partir do segundo semestre deste ano. Ainda não se sabe os impactos que isso irá trazer para Santa Catarina, será preciso acompanhar.

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Áreas de acompanhamento do fenômeno no Oceano Pacífico

Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration, divulgação

O meteorologista da RBS Leandro Puchalski e a técnica em meteorologia Bianca Souza adiantam que até o inverno o fenômeno deverá ser confirmado, já que desde fevereiro as áreas de acompanhamento do oceano mostram aquecimento gradual das águas, característico do El Niño. Se ele for forte neste ano, as mudanças diretas que veremos em Santa Catarina tem a ver com o volume de chuvas, que aumenta conforme a força do fenômeno.

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– Vamos ter El Niño e teremos influência no final do inverno para a primavera em Santa Catarina. Vai ter influência, mas o quanto isso vai impactar, se muito ou pouco, isso vamos ter que esperar para saber – pondera Puchalski.

Quadro mostra aquecimento gradual das águas do Pacífico desde fevereiro

Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration, divulgação

O período em que poderemos ver isso acontecer é entre os meses de outubro e dezembro, mas todo o segundo semestre deve ter influência do fenômeno. Algumas vezes, o fenômeno pode provocar outras mudanças indiretas, como a diminuição de temperatura.

– Se tiver chuva, pode ser que tenhamos mais dias nublados e isso pode fazer com que a temperatura fique menor, mais amena – complementa o meteorologista da RBS.

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O meteorologista lembra que a última vez que tivemos um El Niño forte foi em 2009, quando tivemos chuva acima do normal de julho a dezembro, com destaque para setembro. Ainda é cedo para saber o impacto que o fenômeno terá no Estado, só quando ele começar a atuar será possível avaliar sua evolução.

Puchalski explica o que é o El Niño:

Este é um fenômeno que não avança de uma região para outra, por exemplo como uma frente fria. Ele é apenas uma anomalia que ocorre no Oceano Pacífico na linha do Equador, águas mais quentes, e na atmosfera desta faixa do planeta entre Austrália e Peru. O que ocorre é que as mudanças no mar e na atmosfera nesta parte desencadeiam mudanças do clima em várias áreas do mundo.

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