O grupo Estado Islâmico (EI) na Síria divulgou um vídeo em “sites” extremistas, nesta quinta-feira (22), no qual dois soldados turcos são queimados vivos, além de assumir a autoria do ato, no momento em que as forças de Ancara combatem o EI.

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Violentas, as imagens mostram os dois homens de uniforme trancados em uma jaula, sendo retirados em seguida. Na sequência, são amarrados e queimados vivos.

No vídeo de 19 minutos, gravado na “Província de Aleppo” do EI, no norte da Síria, o carrasco fala em turco e ataca o presidente Recep Tayyip Erdogan, convocando à “destruição” da Turquia.

Antes da execução, os dois homens se apresentam, em turco, como Fethi Sahin, nascido em Konya (centro da Turquia), e Sefter Tas, de 21 anos, que serviu em Kilis (sudeste).

No mesmo vídeo, o carrasco exorta o Exército turco a abandonar os territórios controlados pelo EI na Síria, “do contrário, estas terras se transformarão em seu cemitério”.

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Segundo a imprensa turca, um militar chamado Sefter Tas foi sequestrado pelo EI no dia 1º de setembro de 2015.

As imagens recordam às divulgadas no ano passado pelo EI, quando um piloto jordaniano é queimado vivo.

Os internautas turcos tinha dificuldades na noite desta quinta-feira para acessar Twitter e YouTube.

No mês passado, o Exército turco perdeu o contato com seus dois soldados na Síria. A agência de notícias ligada ao EI, a Amaq, já havia anunciado o sequestro de ambos os militares.

A publicação do vídeo ocorre um dia após a morte de 16 soldados turcos em combates nos arredores de Al Bab, bastião do EI no norte da Síria, onde as tropas de Ancara apoiam os rebeldes sírios.

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“É verdade, temos que enterrar nossos mártires”, admitiu o presidente turco, confirmando entre 14 e 16 mortos. “Mas estamos determinados a manter viva sua memória, a defender seu legado e prosseguir com esta luta”.

Segundo contagem da AFP, ao menos 38 soldados turcos morreram na Síria desde o lançamento, em 24 de agosto, da operação turca “Escudo de Eufrates”.

bur/fjb/tt/lr