As forças iraquianas revistavam minuciosamente, nesta segunda-feira (26), dois bairros do oeste de Mossul tomados dos extremistas, após uma inesperada e letal contraofensiva reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI) – informaram fontes oficiais.
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Cometido no domingo à noite (25), o ataque espalhou pânico entre os moradores que haviam retornado para os bairros de Tanak e Yarmuk. Há várias semanas, os extremistas haviam sido expulsos pelas forças do governo dessas duas localidades.
Os agressores se infiltraram nessa zona controlada pelo Exército, misturando-se aos civis deslocados que voltaram para suas casas, indicou o general Abdelwahab al-Saadi, um dos comandantes das unidades antiterroristas (CTS).
“O grupo (de invasores) chegou junto com os deslocados e se instalou no bairro de Tanak. Depois, voltou a se juntar e lançou o ataque”, explicou à AFP.
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Um médico das CTS contou que o ataque deixou vários mortos no bairro. Entre 15 e 20 extremistas teriam sido abatidos.
Segundo o general Al-Saadi, as CTS “revistam Yarmuk casa a casa”, já que dois dos grupos de combatentes do EI se entrincheiraram nesse bairro recuperado em abril.
Uma autoridade local que pediu para não ser identificada descreveu o ataque de domingo como uma tarefa de distração de “células adormecidas” do EI na parte oeste de Mossul. O objetivo seria aliviar a pressão sobre seus efetivos que ainda se encontram na Cidade Velha.
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Em 18 de junho, as forças iraquianas lançaram uma ofensiva violenta e arriscada para reconquistar a Cidade Velha de Mossul, uma zona densamente populosa e de ruas estreitas, onde resistem os últimos focos extremistas.
A batalha para recuperar Mossul começou em 17 de outubro passado. No fim de janeiro, as forças do governo haviam conseguido recuperar a parte leste dessa cidade do norte do país. Reduto iraquiano do EI, ela é dividida em dois pelo rio Tigre.
Em 19 de janeiro, lançam uma ofensiva no lado ocidental, retomando vários bairros da parte antiga. As forças iraquianas contam com o apoio da coalizão internacional anti-EI liderada por Washington.
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Mais de 800 mil pessoas foram deslocadas em função dos combates.
* AFP