O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a tomada de refém em Melbourne, nesta segunda-feira (5), durante a qual uma mulher foi mantida em seu apartamento, e três policiais foram feridos a bala.

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Hoje, a Polícia abateu o sequestrador e disse que os fatos já estão sendo investigados. Horas depois, o organismo de propaganda do EI, a Amaq, assumiu o ato.

“O autor do ataque de Melbourne na Austrália é um soldado do Estado Islâmico e realizou o ataque em resposta à convocação para ter cidadãos da coalizão como alvo”, declarou a Amaq, referindo-se à coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Depois da divulgação do comunicado da Amaq, a Polícia australiana passou a considerar o episódio como um evento terrorista.

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“Estamos tratando isso como um incidente de terrorismo”, afirmou o chefe de Polícia de Victoria, delegado Graham Ashton, em declarações na terça-feira (horário local).

A Polícia foi alertada de que se ouviam explosões em um edifício em Brighton, um bairro ao sul de Melbourne. Ao chegar, encontraram na entrada do prédio o corpo de um homem, ferido a bala, que não foi identificado. O cerco acabou quando o suspeito deixou o prédio e abriu fogo. A mulher escapou sã e salva, mas três policiais ficaram feridos.

Em reunião na Austrália também na segunda-feira, o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, o secretário de Estado, Rex Tillerson, e suas colegas australianas, Marise Payne e Julie Bishop, respectivamente, advertiram sobre a ameaça representada pelo retorno a seus países de extremistas que combateram no exterior.

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Os combatentes do EI “vão voltar com conhecimentos bélicos, vão voltar com uma ideologia reforçada, vão voltar com raiva, frustrados, e precisamos estar conscientes disso”, declarou a ministra australiana da Defesa.

“A ameaça global do terrorismo está sempre evoluindo, e temos visto ataques brutais em várias cidades europeias. Desmantelamos ataques aqui na Austrália”, completou Bishop.

As autoridades australianas alegam ter impedido 12 ataques no país desde 2014. Pelo menos 61 pessoas foram incriminadas até agora.

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* AFP