Milhões de eleitores formavam filas nesta quarta-feira quando os centros eleitorais abriram em todo o Egito. O país realizada as primeiras eleições presidenciais livres após décadas de regime autoritário.

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Os eleitores do país de 82 milhões de habitantes têm a opção de escolher entre 13 candidatos, incluindo islamistas, liberais e colaboradores do antigo regime de Hosni Mubarak, alvo de revoltas populares que renunciou em fevereiro depois de 30 anos no poder.

Para os eleitores, a principal dúvida é eleger um candidato liberal-secular (e o nome do ex-secretário da Liga Árabe Amr Musa desponta como favorito) ou um candidato representante do islamismo. Nesse caso, a principal alternativa é Abdel Moneim Abulfutuh, um islâmico moderado apoiado por forças heterogêneas, incluindo o salafismo.

Apesar de a Irmandade Muçulmana ter se consolidado como principal força política nas eleições legislativas de novembro – quando conseguiu a maioria das cadeiras do congresso com a proposta de reislamização do Egito -, é pouco provável que seu candidato, Mohamed Morsi, passe para o segundo turno, nos dias 16 e 17 de junho.

Seja quem for o eleito, seus poderes serão definidos apenas depois da posse, prevista para 30 de junho. A nova constituição do Egito ainda não está pronta, fazendo com que permaneça indefinido até mesmo o regime político a ser seguido pelo país – provavelmente, semipresidencialista, como o francês.

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Ao novo presidente, caberá governar uma nação que clama por mudança e está com a economia em ruínas, mas, ainda assim, capaz de influenciar todo o mundo árabe e uma peça-chave na estabilidade do Oriente Médio.