A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), popularmente conhecida por enfisema pulmonar, é capaz de encurtar a vida de quem não fizer o diagnóstico precoce. Provocada por dois fatores externos – como o cigarro e a poluição por meio de fumaça – e potencializada por fatores genéticos, a doença normalmente se manifesta a partir dos 40 anos.
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No ranking de doenças que mais matam no mundo, o DPOC está em quarto lugar, atrás da pneumonia, do AVC e do infarto. Estudos apontam que, em 2030, a doença ocupará o terceiro lugar desta lista.
Por causa da gravidade da doença que causa insuficiência respiratória e mata aos poucos é que pesquisadores, médicos e estudantes de medicina estarão reunidos nesta nesta sexta e sábado em uma conferência na Univille.
O I Seminário Internacional da Acapti (Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia) contará com a presença do especialista norte-americano Barry Jay Make da National Jewish Health, de Denver, nos Estados Unidos.
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Além de ser uma doença que atinge aproximadamente 200 milhões de pessoas no mundo, ela é desconhecida para boa parte dos que sofrem com ela.
Quando procurar o médico
O prolongamento de tosse, escarro, chiaço no peito e dificuldades respiratórias por aproximadamente três meses é o suficiente para que se procure um pneumologista. Mas, não é só isso. Ansiedade, desnutrição, alteração cutânea e rugas, disfunção erétil e diminuição na capacidade de ter um relação sexual completa também podem ser sinais de DPOC.
De acordo com o pneumologista e professor Fabiano Luis Schwingel, organizador do evento, as pessoas que fumam, muitas vezes, não percebem a perda na capacidade física porque acabam adaptando o dia a dia à deficiência respiratória, como trocar a escada pelo elevador e o percurso que antes faziam a pé até o mercado passam a fazer de carro.
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Seguindo uma pesquisa feita pelo Projeto Latino-americano de Investigação em Obstrução Pulmonar é possível estimar que cerca de 15,7 mil joinvilenses têm enfisema, porém nem todos sabem que estão doentes. A DPOC é uma doença progressiva que não tem cura. Mas o tratamento que é feito com medicação inalatória (bombinhas) aliado a hábitos saudáveis pode retardar os efeitos da doença, proporcionando qualidade de vida por muito mais tempo.
Dos 1,2 mil pacientes atendidos no laboratório da Univille, 300 tem DPCO. O que mais preocupa o pneumologista é que 80% deles estão em estágio avançado da doença. A grande maioria desenvolveu a doença por causa do cigarro. Mas pessoas que têm muito contato com fumaça, como profissionais que lidam com o forno a lenha, por exemplo, também devem ficar atentos aos sintomas.
– Temos que correr atrás para reverter esse quadro, porque 70% das pessoas (no Brasil) não têm o diagnóstico – destacou.
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Mortalidade em 2013
1º Doença isquemica cardíaca
2º Acidente vascular cerebral
3º Infecções respiratórias
4º Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)