Não é difícil acreditar que melhorar os hábitos alimentares traz consequências positivas para a saúde. O que cientistas descobriram recentemente, porém, é que os efeitos da má alimentação persistem por muito tempo após a melhora da qualidade nas refeições.
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Em um novo estudo publicado na edição novembro no Journal of Leukocyte Biology, pesquisadores utilizaram ratos para mostrar que, mesmo após o sucesso do tratamento para a aterosclerose – com a redução de colesterol no sangue e uma mudança nos hábitos alimentares -, os efeitos de um estilo de vida saudável demoram a afetar as funções do sistema imunológico.
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Na pesquisa, foram separados dois grupos de ratos que tinham genes alterados, o que os deixavam mais suscetíveis ao desenvolvimento de níveis altos de colesterol e aterosclerose. Um dos grupos recebeu uma dieta com alto teor de gordura e rica em colesterol. Os outros animais comeram ração.
Depois de um longo período de alimentação – não explicitado no comunicado à imprensa -, o grupo alimentado com gordura passou a receber ração e, mesmo assim, demorou para ter os efeitos da refeição adequada no organismo.
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– Estes estudos são importantes para investigarmos mais sobre medicamentos que possam modificar a epigenética – disse John Wherry, um dos pesquisadores.
A epigenética, segundo a pesquisa, é a parte dos genes que pode ser alterada com a mudança dos hábitos alimentares. Ela tem influência direta no sistema imunológico.