A confirmação de que apenas no final de 2014 será possível sentir os efeitos da privatização do Galeão é um balde de água fria para quem esperava ver o aeroporto em condições melhores para a Copa.

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O consórcio formado por Odebrecht TransPort e Changi (Singapura) vai assinar o contrato em março. A operação vai iniciar entre maio e junho, sem tempo de obras para o Mundial, que começa no dia 12 de junho. Somente a partir de outubro do ano que vem ficarão prontas melhorias em itens como escadas rolantes, banheiros, esteiras, iluminação, wi-fi e tomadas para recarregar o celular.

No primeiro momento, o foco será atender as expectativas dos passageiros na qualidade do serviço, rapidez e conforto. Os investimentos até 2016 serão, basicamente, o edifício garagem, pontes de embarque e pátio. As grandes obras vão acontecer a partir de 2020, com o objetivo de transformar o Galeão na grande entrada aérea do Brasil, superando Guarulhos.

É possível acreditar nisso, considerando que o consórcio, que administra importantes aeroportos pelo mundo, pagou R$ 19 bilhões pela concessão de 25 anos. O problema é que provavelmente iremos passar vergonha na Copa. A atual obra, que está sendo feita pela Infraero, não será capaz de resolver a falta de estrutura. O quadro atual é de tapumes em meio aos terminais, iluminação que não funciona, esteiras estragadas e bagunça na fila do táxi.

O Rio de Janeiro é a principal sede do evento, serão sete partidas, incluindo a final e por aqui vão passar muitos dos turistas que virão ao país. Pelo menos para a Olimpíada a situação estará melhor. Antes tarde do que nunca.

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