Além causar efeitos colaterais, a automedicação pode atrapalhar o tratamento de doenças crônicas. O alerta é do médico oncologista e professor da Estácio Jaraguá do Sul, Luis Carlos Stoeberl. Em entrevista ao Notícia na Manhã desta sexta-feira (24), reforçou que a adoção de medicamentos deve ser uma decisão entre médico e paciente.

Continua depois da publicidade

– Basicamente, o maior risco seria o surgimento de algum efeito indesejado dessa medicação. Alguma coisa que possa interagir com a medicação que o paciente já toma para uma doença crônica, por exemplo, ou o surgimento de um novo sintoma, que a gente chama de efeito colateral, que pode atingir órgãos importantes como fígado, rim e até a ou até a parte do estômago, do aparelho digestivo alto – explicou.

Ouça entrevista:

De acordo com o Stoeberl, durante o inverno a procura pela automedicação aumenta. Durante a pandemia do coronavírus, muita gente recorreu ao uso de remédios por conta própria, mas a decisão pode trazer consequências graves.

– Ainda não há evidências científicas da eficácia (…) mas a decisão de tomar alguma medicação para a infecção da covid tem que ser feita dentro de uma consulta médica, num julgamento com o seu médico, jamais procurar uma farmácia para adquirir medicações como hidroxicloroquina, ivermectina, como qualquer outra medicação, pode ter efeitos colaterais principalmente, de acordo com alguma doença preexistente que o paciente venha a ter – afirmou.

Continua depois da publicidade

Leia também:

Coronavírus: venda de ivermectina será controlada após aumento da procura

SC tem seis cidades sem casos de coronavírus; entenda os motivos

Aumento na busca por ivermectina para cães em agropecuárias preocupa autoridades de Blumenau