Efeito vira-casaca e os votos dos perdedores são fundamentais para 2º turno em Joinville

* Colunista Jefferson Saavedra voltará a fazer a coluna Portal a partir de quarta-feira (12/10)

Dois pontos são fundamentais para Udo Döhler (PMDB) e Darci de Matos (PSD) no segundo turno da eleição em Joinville. O efeito vira-casaca – aquela situação quase inexplicável em que o eleitor votou em Udo ou Darci no primeiro turno, mas agora, por alguma razão qualquer, não vota mais. É um fator importante, mas, segundo as coordenações de campanha, não chega a ser significativo no universo total de votos.

O segundo efeito é o que já está levando os dois candidatos à TV, ao rádio e às ruas com mais afinco: conquistar os mais de 80 mil votos dados a outros candidatos.

E sem o apoio dos derrotados. Udo e Darci não querem tais alianças. Já deixaram claro isso. É pouco provável que os principais derrotados – Tebaldi, Carlito, Rodrigo Bornholdt e Dr. Xuxo – apareçam na campanha de modo aberto, pedindo votos. Mas nos bastidores, porém, há uma série de conversas em curso.

E a primeira impressão é a de que Darci leva ligeira vantagem já que Tebaldi, Carlito e Dr Xuxo foram veementes, para não dizer agressivos, contra Udo em todo o primeiro turno. A campanha no rádio e na TV vai começar na próxima quarta-feira, feriado de Nossa Senhora Aparecida. Serão dois blocos diários de 20 minutos cada, metade para cada um – e há ainda as inserções. A eleição será no dia 30.

Contra o tempo

A Polícia Militar corre contra o tempo para garantir o cumprimento da promessa do governador Raimundo Colombo de instalar um colégio militar na cidade para atender aos alunos do ensino médio. A promessa, é de começar a operar em fevereiro do próximo ano, na estrutura da Escola Osvaldo Aranha, no bairro Glória. Mas há alguns trâmites no Conselho Estadual de Educação que precisam ser respeitados. E o tempo é curto.

Resistência

Os bombeiros voluntários de Araquari, que lideravam o salvamento

de vítimas de acidentes na BR-280 antes da chegada dos bombeiros militares na cidade, resiste a duras penas. Com a saída do comandante Cláudio de Lima, o trabalho da corporação praticamente sumiu.

Cidade dividida

Há três eleições para prefeito em São Francisco do Sul, a diferença entre o primeiro e o segundo é inferior a 400 votos, o que mostra o quanto a cidade está dividida. Em 2008, Zera venceu Ico por uma diferença de 235 votos (7.067 a 6.832). Em 2012, Zera venceu Godofredo por uma vantagem de 381 votos (11.073 a 10.692). E, em 2016, Renato Lobo derrotou Godofredo por uma margem ainda mais apertada: 133 votos (13.831 contra 13.698).

Jardim Paraíso

O bairro Jardim Paraíso, um dos dez mais populosos da cidade, com 17 mil habitantes, tinha potencial para ter pelo menos um representante na Câmara na próxima legislatura. Mas não deu. Eram nove os moradores do bairro disputando a eleição para o Legislativo. Muitos deles devem continuar o trabalho comunitário

com o qual ganharam destaque na comunidade.

Segurança

PM, Guarda Municipal e agentes do Itrans vão reforçar a segurança durante a Bierville, a festa da cerveja de Joinville, que ocorrerá entre os dias 12 e 15 de outubro.

Do Facebook

O pedido do prefeito Udo Döhler para que a Justiça determinasse a retirada da internet de perfil fake do Facebook e que resultou na decisão do juiz eleitoral Renato Roberge de suspender a rede social por 24 horas não é exatamente algo inédito. Há mais de 800 ações na Justiça no País só no período eleitoral, pedindo desde retratações até o fim do Facebook. Poucas tiveram algum resultado positivo.

Pedidos comuns

Dos processos movidos por políticos contra empresas pedindo a retirada do ar de notícias, comentários ou outras informações, 90% são direcionados a três sites: Facebook, Google e Twitter. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), há mais de 1,2 mil ações na Justiça Eleitoral. O alvo mais frequente desse tipo de pedido de retirada é mesmo o Facebook, réu em 865 (71,5%) dos processos catalogados.

Violência

O delegado regional da Polícia Civil, Akira Sato, deve abrir, no fim do ano, uma série de números que mostram que houve um avanço significativo na “resolubilidade” dos crimes que ocorreram no ano em Joinville. No entanto, a redução de 30% no índice de assassinatos ainda é dúvida.

Resolubilidade

A “resolubilidade” é um conceito que começou a ganhar espaço nos últimos anos pela Polícia Civil de Santa Catarina. Na prática, é o que determina quanto por cento dos crimes são investigados e resolvidos, com seus responsáveis indiciados e, de preferência, condenados e presos.

Mais uma rótula

A temporada de verão 2016/2017 terá mais uma rótula no caminho entre Joinville e as praias de São Francisco do Sul – especialmente Ubatuba, Enseada, Prainha, Praia Grande, Capri e Itaguaçu. A rótula está quase concluída e fica no começo da reta, logo após a curva do Gelo da Ilha, bem na frente da obra de transposição dos trilhos que ficou abandonada, a “mesa de sinuca gigante”.

Em Garuva

Um dos assuntos que voltou à tona na eleição em Garuva foi o anúncio, feito há dois anos, da Tractebel, a maior geradora privada de energia no Brasil, que tinha um projeto para a construção de uma usina termelétrica a gás natural – a UTE Norte Catarinense. Por enquanto, ficou em projeto.

Apoio polêmico

O senador Paulo Bauer (PSDB) pode declarar apoio a Udo Döhler nos próximos dias.

Um mês

Dia 14 completa um mês da interdição do edifício Nove de Março, no Centro de Joinville.