Motivação? Competência? Sorte? Trabalho? Trocadilho à parte, o momento vivido pelo Brusque tem um pingo de cada. No intervalo de uma semana, desde o retorno de Luís Roberto Magalhães, o Pingo, ao comando técnico da equipe, o clube do Vale trocou a campanha irregular das três primeiras rodadas por duas vitórias consecutivas.
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O Brusque deixou para trás a sétima posição na tabela de classificação e inicia esta semana como o principal perseguidor do Avaí, com quatro pontos a menos que o líder do Campeonato Catarinense. No próximo domingo, os dois se encontram na Ressacada, num duelo que pode mudar o cenário do primeiro turno do Estadual.
O que aconteceu nestes dias? O comandante responde:
– Recuperamos jogadores que não vinham bem. O grupo tem atletas de qualidade, experientes e inteligentes. Dei moral para o elenco e eles retomaram a confiança. Falta muita coisa, muito ajuste ainda, mas eles assimilaram bem a nossa proposta de trabalho.
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Antes da chegada Pingo, em três jogos o time havia marcado dois gols e sofrido sete. Com ele no comando, os números se inverteram. A equipe balançou as redes adversárias três vezes e foi buscar a bola no fundo da meta uma única vez, engatando dois triunfos seguidos.
– Nosso time joga com a marcação adiantada, então, ajustei lá atrás primeiro, na defesa. Consegui fazer o time jogar um pouco mais junto, aproximando os três setores. Tanto que dificilmente somos atacados por dentro – comenta, apontando que os lances de perigo contra o Brusque são em bolas altas e lançamentos na área, questões que ainda trabalha para corrigir.
Nas redes sociais o reconhecimento do trabalho é natural. “Parabéns ao Brusque! Pingo é um baita treinador”. “Esse Pingo faz coisa. O cara é um monstro sagrado!”. Esses são alguns dos comentários publicados por torcedores do Brusque na fanpage do clube no Facebook após o triunfo diante da Chapecoense no último sábado.
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É só o começo do trabalho, mas o momento é, de certa forma, de redenção. Treinador e torcedor viveram momentos de tensão em 2014, quando Pingo deixou o clube em meio ao Estadual – após não conquistar a classificação para o quadrangular semifinal – para comandar o Avaí. O rótulo de sensação da primeira fase da competição acabou substituído pelo de rebaixado – ao lado do Juventus, de Jaraguá do Sul – ao fim do hexagonal. Três temporadas depois, Pingo vai reconquistando o coração do apaixonado torcedor brusquense.
– Futebol é resultado. O importante é que o torcedor está apoiando muito e isso me deixa muito feliz. O carinho do torcedor sempre tive. Ele estava chateado, mas está passando – diz.
O desempenho foi premiado ontem com a eleição para compor a Seleção da Rodada.
SEMANA DECISIVA PARA O BRUSQUE, COMEÇANDO
COM DUELO PELA COPA DO BRASIL
Esta será uma semana de jogos decisivos para o clube do Vale. Antes de começar a pensar no Avaí, Pingo e seus comandados têm uma missão importante. Quinta-feira, o Brusque enfrenta o Remo no Estádio Augusto Bauer pela primeira fase da Copa do Brasil. Conforme o novo regulamento da competição, será um jogo único e os brusquenses precisam da vitória para avançar. Qualquer outro resultado, a vaga na segunda fase fica com o time do Pará.
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Além de se tratar de um torneio nacional, uma boa campanha na Copa do Brasil representa relevância e receita aos cofres do clube. Para jogar esta fase, o Brusque já recebeu R$ 225 mil da Confederação Brasileira de Futebol.
Quem passar do duelo entre Brusque e Remo, enfrentará o Corinthians na segunda fase e embolsará nada menos que R$ 283,5 mil como premiação, conforme dados confirmados por um dirigente brusquense.
Logo, o confronto diante dos paraenses é tido como uma final para o clube do Vale:
– É início de temporada e temos que entrar com tudo, sem escolher competição. Quanto mais jogos fizermos com a mesma equipe, melhor. O negócio é focar em cada partida. Trabalhar, corrigir as falhas cometidas nos jogos contra Tubarão e Chapecoense e errar o menos possível – pontua o treinador.
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