A três dias do encerramento da Efapi em Chapecó, a feira já acumula cerca de R$ 80 milhões em negócios. A estimativa é do coordenador geral do evento, Márcio Sander. De acordo com ele, até domingo, a meta de R$ 150 milhões deve ser ultrapassada.
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_ Muitas vendas também serão fechadas posteriormente, como no caso de carros que custam até R$ 400 mil _ afirma.
Um dos coordenadores de negócios da feira, Clóvis Spohr, disse que a maioria dos expositores está satisfeita:
_ A Efapi é propulsora de negócios pois ela gera muitas oportunidades.
Entre os expositores que estão satisfeitos estão o gerente de vendas Gionas Mezzomo, da Macromaq, revenda de empilhadeiras e retroescavadeiras. Ele já atingiu metade da meta que é de 10 equipamentos, num valor de R$ 2,5 milhões.
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O gerente da Tecnosafra, revenda de tratores e colheitadeiras, Dinar Pertussati, já superou a meta que era de R$ 2 milhões.
_ Estou muito contente pois vamos alcançar R$ 3 milhões vendidos na feira e, com os negócios posteriores, vamos passar dos R$ 5 milhões – calculou.
O vendedor Claudecir Brembatti disse que os tratores que tem mais saída são os de pequeno porte, voltados para a agricultura familiar, que podem acessar o programa Mais Alimentos, do governo federal, com juros de 5,5% ao ano.
Por outro lado, nem todo mundo já conseguiu bater as metas. O supervisor de vendas da DM Auto, Renato Bertoncello, disse que até ontem foram vendidos dez carros.
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_ Está abaixo do esperado, pois nossa meta é vender 20 veículos _ avalia.
Quem também não está satisfeito é o proprietário da Piazza Tratores, João Piazza. Ele até vendeu três tratores e uma colheitadeira, no valor de R$ 700 mil, mas disse que esse mesmo volume poderia ser vendido fora da Efapi.
_ O problema é que vamos ter um custo de R$ 50 mil durante a feira, o público também diminuiu e o estacionamento está muito caro, tem que separar ingresso do show e a feira ser gratuita – sugeriu.
Destaque para as vacas leiteiras
Um dos destaques desses últimos dias de feira é a exposição e julgamento das vacas leiteiras, que neste ano valerá para o ranking nacional. São mais de 300 vacas das raças jersey e holandesa.
_ A disputa vai ser boa. Na jersey, por exemplo, temos as favoritas para o campeonato nacional – afirma o presidente do Núcleo dos Criadores de Bovinos de Chapecó e Região, Rosalvo Bertoli.
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Para deixar os animais bonitos, os expositores contrataram até um preparador do Paraná, Luiz Carlos Pestana, que parece um cabelereiro das vacas, com equipamentos parecidos ao de um salão de beleza, que serve para tosar o pelo.
_ Eu preparo elas para um desfile e por isso tem que aparar bem o pelo, valorizar o úbere e garantir o bem-estar do animal – destaca.
Um dos expositores é Adriano Rigo, da Cabanha Ypoti, de Chapecó. Em 2015, ele já teve a terceira melhor vaca jovem da raça holandesa do Brasil. Uma delas está avaliada em R$ 30 mil. Rigon começou a criação em 2009, com 30 vacas, que produziam em média 24 litros por dia, totalizando 800 litros/dia. Agora tem 55 vacas em lactação, que produzem 1,8 mil litros, numa média de 43,6 litros por animal. Ele usa mapeamento de DNA para melhoramento genético.
_ Atualmente, Santa Catarina tem uma das melhores genéticas do país. Isso permite ampliar a produção sem aumentar o plantel – disse Rigon.
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Graças a produtores como Rigon que Santa Catarina se tornou o quarto maior produtor de leite do país.