Uma universidade é um motor de transformações sociais, culturais e econômicas. A trajetória da Universidade Regional de Blumenau (Furb) está costurada junto à história de desenvolvimento do Vale do Itajaí: quando nasceu, em 1964, era a primeira instituição de ensino superior no interior do Estado, fundada apenas dois anos depois da instalação da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis.

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Desde então já formou mais de 50 mil pessoas, entre elas 2,5 mil mestres e doutores, mas o impacto social desta presença reverbera em benefícios que vão além da vida dos estudantes. A Furb é uma universidade pública municipal, sem fins lucrativos, e direciona seus resultados para o desenvolvimento social.

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Ela deu origem também às demais instituições comunitárias que hoje fazem parte do Sistema Acafe, uma integração que diferencia Santa Catarina no cenário do Ensino Superior no país.

Uma instituição assim abastece uma região com mão de obra especializada, eleva o padrão de qualidade na área da saúde, gesta projetos de inovação, cuida do meio ambiente e coloca sua expertise à disposição da comunidade em serviços gratuitos.

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No último ano, a Furb realizou 15,8 mil atendimentos de saúde e deu assessoria a 1,9 mil pessoas na área jurídica e 500 na área tecnológica. No campo da educação, atendeu 6,8 mil pessoas na formação de professores. É provável, ainda, que muita gente se beneficie indiretamente de projetos sem saber que são fruto de ações que partiram da universidade. É para destacar a força desta atuação que a Furb lançou neste mês o movimento “Valorize sua Universidade Local”, que vai levar à sociedade mais informação sobre os projetos da instituição em prol da comunidade.

O impacto da universidade na transformação regional

O pioneirismo no setor de inovação, por exemplo, faz parte do DNA da Furb. Está no campus 2 da universidade o primeiro espaço público do país para o carregamento de bicicletas e patinetes elétricos com energia solar, aberto a qualquer pessoa da comunidade. No mesmo campus será instalado o Laboratório Integrado de Tecnologia e Inovação Sustentável do Médio Vale do Itajaí (LITIS), um espaço de pesquisa para desenvolver áreas como Internet das Coisas, Inteligência Artificial e realidade virtual, que atenderá comunidade acadêmica, empresas privadas e escolas e órgãos públicos.

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Levando em conta o volume de atendimento, é na área da saúde que se dá o maior contato entre universidade e população. A Policlínica Universitária tem um laboratório de análises clínicas e oferece consultas, tratamentos, fisioterapia e reabilitação. O atendimento é feito por acadêmicos, sempre supervisionados por professores e profissionais.

Na policlínica também funciona o Centro Regional Interprofissional Especializado Pós-Covid, aberto à população dos municípios que formam o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Vale do Itajaí. O objetivo é oferecer tratamento multidisciplinar e gratuito a pacientes com sequelas.

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Os projetos que integram a comunidade se ramificam em diversas áreas. Também alcançam a sociedade por vias artísticas e culturais (em iniciativas como a Orquestra da Furb e o Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau) ou em ações de economia solidária (foco da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, por exemplo). Ou ainda levam serviços de orientação através do Núcleo de Práticas Jurídicas para pessoas sem condições econômicas de custear um advogado.

Instituição se associa à aliança internacional

A Furb foi convidada formalmente neste mês para fazer parte do Germinae – um programa desenvolvido pela UNITA, aliança de universidades europeias. A UNITA é originalmente uma integração de seis instituições de Portugal, França, Romênia, Espanha e Itália, que no total reúnem 165 mil estudantes. Estão conectadas pelos idiomas de línguas românicas, derivadas do latim, e cidadania europeia.

As características da Universidade Regional de Blumenau fazem pontos de conexão com a UNITA: está sediada em um vale, de colonização europeia, e já desenvolve produções acadêmicas que contemplam os estudos da aliança, como economia circular, energias renováveis e herança cultural.

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A conexão com a aliança traz a abertura de novas possibilidades de internacionalização para o ambiente acadêmico, através do intercâmbio virtual. O programa Germinae cria oportunidades como dupla titulação, oferta de disciplinas em outras universidades e projetos cooperativos de pesquisa. A Furb é uma das 30 instituições das Américas do Norte e Latina, África e Ásia a receber a proposta. No Brasil, apenas seis outras foram convidadas, entre elas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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