Após reunião com representantes da Prefeitura de São José nesta terça-feira, 17, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José (Sintram-SJ) decidiu pela continuidade da greve no funcionalismo público. A justificativa é a de que o procurador-geral do município e o chefe de gabinete da prefeita Adeliana Dal Pont (PSD), que receberam os servidores, não teriam apresentado proposta à pauta de reivindicações da categoria – extensa lista apresentada no ano passado pelos profissionais. Mais de 2 mil servidores da Educação, Saúde, Assistência Social e Infraestrutura estão de braços cruzados por tempo indeterminado.
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>> Servidores municipais paralisam atividades de Saúde, Educação e Assistência Social em São José
– Não sabemos porque a Prefeita não pôde nos receber, mas esperamos que a negociação seja feita em breve – pondera a líder do Sintram-SJ, Jumeri Zanetti.
Em nota, a Prefeitura de São José respondeu que “concedeu reposição da inflação de 5,8% e ganho real de 1,2%, totalizando reajuste salarial de 7% aos servidores”. A administração pública também diz que está realizando estudo de impacto financeiro sobre os outros 150 itens da pauta grevista, que incluem aumento da regência de classe e gratificação dos especialistas, mudança na promoção por curso para o Magistério e revisão da promoção vertical dos auxiliares de enfermagem, por exemplo.
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– Somente na Educação, o impacto mensal é de cerca de R$ 2,3 milhões, ou seja, 30% do valor da folha de pagamento dos servidores da Educação.
A proposta da Prefeitura de São José é que, primeiro, seja feita a discussão da data-base de maio, com reposição da inflação, e que atende todo o universo dos servidores. Em seguida, o Executivo e o Sindicato podem discutir o restante da pauta e dos impactos financeiros causados por ela – explica em comunicado.
Não há garantia de continuidade das aulas, sendo a Educação o segmento mais prejudicado com a paralisação, mas os grevistas garantem a manutenção parcial das atividades nos postos de saúde. Durante o período de paralisação, as aulas de algumas unidades da rede municipal de Ensino estão suspensas por tempo indeterminado.
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Balanço da greve
A Prefeitura divulgou um panorama sobre a paralisação em cada setor. Veja:
Saúde
:: Quase 100% dos serviços estão funcionando
Infraestrutura
:: 100% funcionando
Atendimento ao cidadão
:: 100% funcionando
Educação
:: 32 creches
:: 44% funcionando totalmente
:: 37% funcionamento parcialmente (com alguns servidores faltando, mas, sem comprometimento do serviço)
:: 19% paradas
25 Escolas
:: 31% funcionando normalmente
:: 25% funcionando parcialmente (com alguns servidores faltando, mas, sem comprometer o serviço)
:: 44% paradas