O Brasil tem dois problemas principais: o excesso de recursos em mãos do Estado e o modelo político de presidencialismo de coalizão. Ambos criam enormes dificuldades para o País e tem origem em opções da administração pública equivocadas e no modelo criado pela Constituição de 1988. A análise é do economista e professor Eduardo Gianetti da Fonseca, em palestra de abertura da ExpoGestão.

Continua depois da publicidade

Confira mais em página especial produzida pelo “AN”

Ele mostrou que a carga tributária bruta no Brasil era de 24% do PIB em 1988. E hoje é de 36%. Mais ainda: outros 10% são os recursos do gasto além da arrecadação. Significa que o governo retém 46% do PIB. Para agravar, o Estado só investiu 2,5% do PIB nos últimos quatro anos.

Diante do quadro, é preciso mudar as regras o jogo político. Introduzir o voto distrital misto é importante. E deixar o dinheiro arrecadado o mais próximo da origem é decisivo. Gianetti ainda acredita que Temer poderá ser uma ponte para um novo momento futuro, num governo tampão, se fizer reformas trabalhista e previdenciária, e abrir para processos de concessões em infraestrutura.

Continua depois da publicidade