Em meio ao feriado, a notícia da suspensão do amistoso entre Brasil e Inglaterra surpreendeu muita gente, mas não a quem anda com frequência pelo entorno do Maracanã. O jogo entre as duas seleções seria o único teste com casa cheia para o estádio antes da Copa das Confederações, que começa em 15 de junho.
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Na ação, o MP relata a existência de pedras, pedaços de calçadas e restos de obra que podem ser utilizados em um tumulto ou causar acidentes.
Se a ação judicial era inesperada, quem examinou a área externa do estádio não se surpreendeu. Nas últimas semanas, dei a volta completa pelo Maracanã por cinco vezes – a última delas, anteontem. É impressionante a quantidade de operários e máquinas. No acesso leste, onde fica a famosa estátua de Bellini, a situação era razoável: apesar das obras, o calçamento da avenida já estava pronto e as catracas eletrônicas, quase instaladas.
Porém, do outro lado, na rampa oeste, o quadro é inacreditável. Poeira, entulho, tudo acumulado ente o portão do estádio e o projeto de calçada. A interdição daquela área parece inevitável. A decisão judicial ocorreu a partir de uma ação civil pública do MP que pede a suspensão do jogo para “garantir a segurança” dos torcedores. Ao lado do estádio de atletismo Célio de Barros, há uma cratera com oito metros de comprimento. As obras do entorno estão sendo feitas pela prefeitura, ao custo de R$ 109 milhões.
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