O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nega manobras deliberadas para a troca de membros no Conselho de Ética. Entrevistado no Jornal da CBN desta terça-feira, o presidente afastado da Câmara afirma que “postergações decorreram das atuações antirregimentais do presidente do Conselho e do relator”.
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Ele cita três decisões que atrasaram a votação da admissibilidade. O deputado cita a troca do relator, que pertencia ao mesmo bloco do PMDB e, segundo Cunha, não deveria nem ter feito parte do sorteio original.
Eduardo Cunha fala que a votação do relatório não concedeu à comissão vistas regimentais obrigatórias. E, por último, o acréscimo da delação de Delcídio do Amaral. ‘Houve admissibilidade de parte da representação, e é sobre essa parte que ele tem que proferir voto, e não um conjunto de provas que não tem nada a ver com o processo’. Ouça a entrevista:
Cunha acredita que o processo será anulado e afirmou que, se aprovado, irá recorrer na Comissão de Constituição e Justiça.
Acusado de mentir na CPI da Petrobras ao dizer que não possui contas no exterior, o deputado afastado voltou a afirmar que não é titular de nenhuma conta bancária detida pelo trust.
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“O dinheiro, não o patrimônio, antes de ser transferido, me pertenceu. No momento em que foi doado ao trust, o trust passou a ser o proprietário do patrimônio. E mesmo se eu tivesse, a pergunta é se eu tinha conta. E conta eu não detinha”.