O pré-candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, teve três compromissos em Chapecó onde elogiou Santa Catarina, apoiou demandas de infraestrutura como as ferrovias Norte Sul (Chapecó até Mato Grosso) e Leste Oeste (Dionísio Cerqueira ao Litoral) e se esquivou de responder questionamentos sobre o aborto.

Continua depois da publicidade

Campos chegou em Chapecó por volta das 16h30 e rumou para a Associação Atlética Regional Alfa (AARA), onde teve uma reunião com lideranças do agronegócio. Lá recebeu um documento assinado por entidades ligadas ao setor, reivindicando investimentos em ferrovias para a região, duplicação da BR 282, federalização do Aeroporto Municipal Serafim Enoss Bertaso, de Chapecó, além de investimentos em energia elétrica e ampliação do seguro agrícola.

O presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, disse que as agroindústrias estão perdendo competitividade com os problemas de logística e falta de mão-de obra.

As mesmas reivindicações também estavam em outro documento entregue por lideranças empresariais na Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic). O presidente da entidade, Bento Zanoni, também acrescentou as necessidades de reformas, entre elas a política e a tributária.

O pré-candidato se mostrou sensível às demandas apresentadas e disse que a região merece uma ferrovia. -Precisamos animar os investimentos em ferrovias- destacou, afirmando que as obras no setor estão lentas ou até paradas. Ele afirmou que vai buscar recursos em parcerias público privadas e concessões mas, para que para isso aconteça, disse que é preciso estabelecer regras claras. -Hoje não há confiança nas regras, há uma falta de clareza e um certo preconceito com os que empreendem-disparou.

Continua depois da publicidade

Campos afirmou que o Brasil vive um dos períodos ‘de menor crescimento da história República’. Disse que veio o momento agora é de ouvir o Brasil e elogiou as experiências de Santa Catarina no cooperativismo e também no desenvolvimento com menos desigualdades sociais. -O Brasil precisa aprender mais com vocês- disse.

Na Associação Comercial integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) levantaram dois cartazes reivindicando a descriminalização do aborto. No seu discurso Campos disse que sua proposta não é fazer como a campanha de 2010, em que questões como aborto e o casamento homoafetivo dominaram o debate. Ele afirmou que cada um tem uma opinião essas opiniões devem ser respeitadas. Além disso ele pretende que o debate central seja sobre o desenvolvimento do país. -Não podemos desviar o foco- disse. No final de sua fala a integrante da UJS, Andressa Verza, cobrou uma política sobre a questão do aborto, que segundo ela é uma das maiores causas de morte de mulheres. Campos disse que a resposta estará no Plano de Governo, para decepção da interlocutora.

Depois da Associação Comercial o pré-candidato retornou para a AARA, onde teve um encontro de lideranças políticas. No final da noite ele iria para Cascavel, no Paraná.