A experiência da 1ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Lages com as ações desenvolvidas para combater os javalis levaram a equipe a ser chamada para compor uma mobilização nacional. Eles farão parte do grupo responsável pelo assessoramento técnico para o monitoramento das ações previstas no Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali no Brasil, lançado pelo governo federal neste mês.

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O grupo técnico nacional tem a missão de revisar e elaborar procedimentos para controle da espécie, monitorar a sua distribuição geográfica, gerar conhecimento técnico-científico e conscientizar a sociedade para os riscos que o mamífero representa.

A intenção é controlar a população de javalis no país. O animal é considerado pela União Internacional para Conservação da Natureza uma das cem piores espécies invasoras no mundo. Provoca prejuízos a lavouras de pequeno e médio porte, além de ameaçar a saúde e a segurança de pessoas e de animais silvestres e domésticos.

Depois de inúmeras ações no Estado, a espécie, que foi um dos principais problemas no campo, está controlada. Na Serra, onde a maior parte dos danos em lavouras era registrada, hoje a realidade é outra.

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– Os danos diminuíram significativamente, quase não temos ocorrências – diz o comandante da PMA na Serra catarinense, Adair Alexandre Pimentel.

Para chegar a esse controle foi preciso uma série de ações, como distribuição de cartilhas de educação ambiental em escolas e armadilhas. A liberação da caça, feita pelos clubes de tiros, também ajudou.

Em 2016, mais de 600 autorizações para o abate da espécie foram expedidas pela polícia ambiental da Serra. Neste ano o número já passa de 400.

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Um aplicativo para reunir informações sobre danos causados no campo, bichos avistados, autorizações emitidas e animais abatidos está em fase de testes. A ferramenta tecnológica pode servir para todo o Brasil.

– Minha responsabilidade no grupo técnico do plano nacional será avaliar a viabilidade do uso do aplicativo ambiental de SC em nível nacional e a integração do Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf) a esse aplicativo ou outros sistemas – destaca Pimentel.

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