Depois de 15 anos, o Aeroporto Regional do Planalto Serrano, de Correia Pinto, parece estar perto de funcionar. A estrutura que teve investimento de R$ 40,3 milhões (se reajustado, valor ultrapassa R$ 63 milhões) está sem uso. Segundo o secretário da Agência de Desenvolvimento Regional, João Alberto Duarte, a partir de dezembro a Infraero vai administrar o local.

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– O governo do Estado está tratando da questão da minuta e será assinado o contrato até o final deste mês. A partir de dezembro a Infraero vai assumir a operação – garante.

Duarte afirma que todos os equipamentos já foram comprados: balizamento noturno, farol de aeródromo, biruta iluminada, casa de força, sistema de radionavegação, estação de rádio e sistema Papis (luzes colocadas na cabeceira da pista e que servem de auxílio visual aos pilotos nos pousos).

A estrutura tem mais de dois milhões de metros quadrados de área, que vai comportar, inclusive, aviões da Boeing, um dos maiores do país. A intenção é receber também voos com cargas compartilhadas.

O empreendimento vai ajudar a desenvolver a economia local. Correia Pinto, por exemplo, aumentará a arrecadação de impostos e poder ampliar a oferta de empregos.

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Um dos principais entraves para que o aeroporto possa operar é a homologação. O primeiro pedido foi protocolado em 2015 pelo governo do Estado. Em agosto de 2016, o governo recebeu parecer favorável do comando da aeronáutica e um mês depois local passou por vistoria técnica. Mas, até hoje nenhum voo decolou da pista.

Segundo o diretor de transportes da Secretaria de Estado da Infraestrutura, José Carlos Müller Filho, o processo de homologação já foi iniciado e envolve a aprovação do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), ligado à Aeronáutica, e da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), agência reguladora.

– Os dois órgãos já realizaram vistorias que demandam de ações corretivas do Estado. Agora com a efetiva contratação da uma empresa responsável pela gestão do aeroporto, que será a Infraero, poderemos ser mais efetivos na homologação do aeroporto, que precisará de ações do Estado e da empresa contratada – diz.

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