O coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Edu Gaspar, concedeu coletiva de imprensa nesta segunda-feira (21), no dia que se inicia o pontapé da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo. E um dos pontos mais abordados foi sobre a situação de Neymar, que se apresentou no início da tarde.
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Ciente de que o principal jogador do grupo está voltando de um longo período de lesão — três meses devido a cirurgia no quinto metatarso do pé direito —, o coordenador fez questão de ressaltar que toda a comissão técnica tem uma preocupação e um plano para que Neymar não queime etapas durante este período inicial de preparação.
— O Neymar vai receber do Tite a informação que ficou três meses parado, e não será o Neymar excepcional depois disso. Vamos criar uma base para que ele possa ganhar de novo a confiança e vá subindo sem pressão exagerada quanto ao seu desempenho. O Tite vai passar isso para que ele tenha segurança de fazer bem treinamentos, o primeiro amistoso, não absorva pressão desnecessária. Esse é o objetivo que temos com ele, para que ele possa ter um grande desempenho. E com certeza terá — afirmou.
Um tema importante levantado durante a entrevista foi a questão da premiação dos atletas. Edu frisou que houve uma mudança em relação aos últimos Mundiais, e que alguns pontos ainda serão discutidos com maior profundidade.
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— Não deu tempo ainda de discutir a premiação com os atletas. Mas falamos previamente e alternamos a formatação. Cada atleta e membro da comissão técnica será contemplado com uma premiação por convocação. Após isso, só se chegarem até a final e com o título. Antigamente era diferente, era por fase, e eu não acreditava que era a forma mais justa. Por outro lado, a convocação é um prêmio. Se chegar até a final e for campeão, vejo com interesse esse tipo de premiação.
Edu, assim como Tite, também foi enfático ao admitir que o Brasil é um dos favoritos à conquista do título na Rússia:
— Acho positivo e precisamos parar de ter medo de falar que o Brasil é um dos favoritos. Mas não podemos fazer disso um peso, e sim sermos realistas. Podemos assumir a responsabilidade de ser postulante ao título. Temos uma grande seleção. É importante ter poucas pessoas questionando a convocação. Prova que o Tite faz um grande trabalho. Mas isso tudo não pode ser uma carga excessiva — disse.
Outros pontos da coletiva de Edu
Ansiedade para a estreia na Copa
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Tem uma realidade que está aí, todos nós somos novos de Seleção. Temos nossas dificuldades, talvez falta de experiência em seleção. Mas estamos preparados. Quanto a profissionais que possam vir a estar aqui. Conversamos com muitos profissionais antes de estarmos aqui. Absorvemos todas as informações possíveis e imagináveis. Ex-jogadores, jogadores. Para que a gente possa estar preparado para tudo o que vier. Estamos seguros com relação a essas questões. Vamos criar nossa dinâmica, nossos processos, para estarmos bem cada vez mais.
Escolha do capitão
A questão do capitão é algo que o Tite já faz. Ainda não falamos sobre o tema, mas creio que ele não deva mudar. Se chegar até a final, o Tite deve tomar essa decisão de quem assumiria o posto.
Copa da Rússia
É o maior desafio da minha carreira, tanto na época de atleta, como agora nesse novo seguimento. É desafiador e prazeroso. Minha posição requer que eu dê um passo para frente com as minhas decisões.
Continuidade pós-Copa
Não vou negar que tenho alegria e satisfação no cargo que estou. O desejo de longevidade tem a sua importância. Agora está em segundo plano. Nosso foco é total na Copa do Mundo. Após a competição, vamos esfriar a cabeça, e ver se haverá uma continuidade ou não.
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