Aqueda recorde de 16,5% na construção civil em 2015, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dá uma dimensão do quanto o país vem perdendo com a crise econômica e com os efeitos da corrupção. A retração apontada na Pesquisa da Indústria da Construção Civil (Paic), em comparação com o ano anterior, que já havia sido de queda, é consequência direta da crise econômica e dos efeitos do combate à corrupção. Perdem os brasileiros, particularmente quem atua nessa atividade.

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Em momentos de maior dificuldade econômica, como o atual, a construção civil é sempre um dos primeiros setores a serem atingidos. Quando os investimentos são retomados, é também um dos primeiros a reagir, contribuindo de forma decisiva para a redução do desemprego. Essa é mais uma, entre tantas razões, para que o país consiga encontrar uma forma de retomar logo o crescimento.

No caso específico da construção, a combinação de crise com o recrudescimento do combate à corrupção teve consequências consideráveis. Entre as áreas mais afetadas, estão a de construção de barragens, rodovias, portos, aeroportos e subestações de energia. São justamente as que mais dependem de investimentos de empresas públicas hoje submetidas a contingenciamento de verbas e colocadas no centro das investigações.

O país precisa reunir logo as condições para sair da crise e retomar os investimentos em áreas com potencial para destravar a economia e reduzir as taxas de desemprego. A sociedade precisa cobrar uma ação firme particularmente do Congresso, para que o país avance apesar da crise política.

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