O Diário Catarinense adianta o editorial que publicará no próximo domingo para que os leitores possam manifestar concordância ou discordância em relação aos argumentos apresentados. Participações enviadas até as 19h de sexta-feira serão selecionados para publicação na edição impressa. Ao deixar comentário, informe nome e cidade.
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O QUE VOCÊ PODE FAZER PELO PAÍS?
A carga tributária é pesada demais, a máquina estatal é onerosa e pouco eficiente, a infraestrutura é precária, a educação precisa de respostas mais eficazes e as desigualdades sociais ainda estão longe de ser superadas. Tudo isso registramos na série de editoriais publicada nesta semana, que teve o cuidado de mencionar, também, as políticas públicas que vêm sendo implementadas com o propósito de atenuar os problemas nacionais.
Mas um país não pode ser avaliado apenas pelo que fazem ou não fazem os seus governantes e dirigentes políticos. Como na célebre advertência do ex-presidente norte-americano John Kennedy, não basta perguntar o que o país pode fazer por você. É preciso perguntar, também, o que você pode fazer pelo país.
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Trabalhamos, pagamos impostos, cumprimos nossas obrigações de cidadãos – e essas ações certamente nos autorizam a cobrar eficiência e honestidade de nossos representantes na administração pública. Mas será que também não podemos fazer mais, como empreendedores e como indivíduos?
Mesmo sem abrir mão da cobrança, é possível, sim, que setores da iniciativa privada adotem o que se chama de responsabilidade social empresarial, comprometendo-se com a cidadania, com a ética e com o meio ambiente. Da mesma forma, também podemos, como indivíduos, sair da situação passiva de esperar tudo do governo e desenvolver iniciativas de sentido coletivo e de apoio aos administradores.
Ser um bom cidadão já é um passo importante. Se respeitarmos as leis e as regras de convivência, já estaremos reduzindo a necessidade de interferência do poder público. Basta observar, por exemplo, o que acontece no trânsito: os transtornos causados pelos infratores não apenas prejudicam quem se comporta como também passam a todos a sensação de que as autoridades não cumprem suas atribuições.
Vale o mesmo para o uso do equipamento coletivo, para o convívio com a vizinhança, para o gerenciamento do lixo e para outras particularidades da vida social de que nem sempre cuidamos com a devida atenção.
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Setores empresariais, que invariavelmente lideram a fiscalização aos governantes, também precisam refletir sobre suas próprias condutas. O lucro é uma recompensa justa para o trabalho bem feito, mas não pode ser o único objetivo de um empreendedor.
Quem realmente se preocupa com o país tem que investir no bem-estar de seus funcionários, no desenvolvimento tecnológico, na educação; tem que correr riscos, tem que assumir responsabilidades sociais e ambientais, tem que pensar no longo prazo e não apenas no lucro imediato. Se o Brasil se tornar uma potência mundial, todos seremos beneficiados.
Então, sem deixar de questionar e de cobrar transparência e seriedade dos governantes, que tal a gente se perguntar todos os dias o que podemos fazer para melhorar o país?
Para que possamos avaliar seu comentário sobre este editorial, com vistas à publicação na edição impressa do Diário Catarinense, informe seu nome completo e sua cidade.
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