Embora a abertura oficial esteja programada para a próxima sexta-feira, começam nesta quarta-feira os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro – os primeiros em solo brasileiro e sul-americano – com a primeira rodada do torneio de futebol feminino. Parcela expressiva da população brasileira ainda vê o evento com ceticismo e desconfiança, principalmente porque ocorre em meio à mais duradoura crise econômica e política já enfrentada pelo país, com incertezas de toda ordem e enfrentamento de dificuldades reais pelos cidadãos, entre as quais as gravíssimas questões de segurança pública e saúde. Mas, acima dessas mazelas, que não podem sair da pauta dos governantes e administradores públicos, tem que ser enfatizada a capacidade do brasileiro de enfrentar dificuldades e resolver problemas com criatividade e ousadia.

Continua depois da publicidade

:: Clique e leia mais editoriais da RBS

Os Jogos brasileiros entram hoje para a História, e todos temos que torcer para que sejam realizados e concluídos com sucesso. Somos capazes, sim, de organizar e promover grandes eventos, como fizemos há dois anos com a Copa do Mundo, também em meio a turbulências políticas e sociais. E não se trata de simples ufanismo: todos os anos, o Brasil realiza a maior festa popular do planeta, levando para o Carnaval a eficiência e a determinação que nos faltam em outras áreas para que o país um dia alcance novos patamares de desenvolvimento.

:: Leia mais notícias de Blumenau e região em santa.com.br

Nesse contexto, cabe lembrar que, embora a energia e os recursos investidos na festa olímpica pudessem ser aplicados em atividades mais essenciais, a verdade é que assumimos um compromisso com a comunidade internacional e agora temos que cumpri-lo com competência, disposição e alegria.

Continua depois da publicidade

Se assim for, a Olimpíada deixará um legado mais importante do que a estrutura construída no Rio de Janeiro para a competição: uma imagem melhor para o Brasil aos olhos do mundo.