Quando tem seus indicadores comparados com os de outros Estados da Federação, Santa Catarina aparece entre os lugares mais seguros do Brasil – o que é positivo, afinal essa condição revela que a chaga da criminalidade catarinense é pontual e, portanto, solucionável.

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Quando esses mesmos indicadores são comparados com os que já ostentou num passado nem tão distante, porém, Santa Catarina revela estar vivendo uma onda de violência que merece ser enxergada e tratada como prioridade, tanto pelo governo do Estado quanto pela sociedade. Exemplo disso são os primeiros seis meses de 2017, em que a capital do Estado teve 102 homicídios, número jamais registrado em anos inteiros.

Em 2015, o Diário Catarinense, às vésperas de completar 30 anos, consultou a população para definir uma bandeira comunitária para defender ao longo de 2016. A escolha popular pela segurança pública, logo abraçada por todos os veículos da NSC Comunicação, não chegou a ser surpresa. O que surpreendeu mesmo foi o índice: mais de 85% preferiram o tema, em detrimento de outros igualmente relevantes para SC, como melhoria das estradas e prevenção a catástrofes climáticas.

Pesquisa realizada pela Furb e divulgada em novembro de 2016 deu números ao tamanho da percepção da falta de segurança: 57% dos entrevistados declararam se sentir inseguros. E 21,8% dos pesquisados informaram terem sido vítimas de algum tipo de crime violento naquele ano ou em anos anteriores.

Por isso, neste 22 de agosto de 2017 – que estamos chamando de Dia S –, os veículos da NSC Comunicação estão priorizando a publicação de informações, análises e opiniões relevantes e atualizadas sobre segurança pública. Nosso objetivo, mais do que chamar a atenção para o tema, é contribuir com o debate sobre um problema que não pode ser relativizado e muito menos banalizado.

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Não podemos fechar os olhos para essa realidade preocupante, sob pena de perdermos definitivamente a condição de uma Santa Catarina segura para moradores e visitantes.

A oportunidade que se estabelece agora é a da discussão ampla, séria, madura e construtiva para evitar que a criminalidade ocupe ainda mais espaços, com a consequente e irreparável perda de vidas.

É também uma boa oportunidade para que a sociedade responda a uma importante pergunta: afinal, qual modelo de segurança pública queremos para o nosso Estado?

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