Por todo o Brasil, monumentos, pontos turísticos e prédios públicos surgem à noite iluminados pela cor que simboliza o universo feminino. É a mobilização no país pelo Outubro Rosa, campanha mundial realizada anualmente com o propósito de chamar a atenção da sociedade para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

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A mobilização, que nasceu na década de 1990, nos Estados Unidos, tem a meritória intenção de disseminar informações sobre a prevenção à doença, incentivar a rotina da observação do corpo para detectar cedo possíveis alterações, defender o direito por um atendimento de saúde digno e garantir suporte emocional a quem passa por tratamento.

A importância do alerta é demonstrada pelos números que dão a dimensão da incidência. É o que mais vitima mulheres no mundo e no Brasil. Cerca de 30% dos novos casos de câncer no país, a cada ano, são de mama. Também é a causa de 16% dos óbitos relacionados aos diferentes tipos da doença causada pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, indicam as estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde.

Mas há boas notícias. Ainda segundo o Inca, aproximadamente 30% dos casos podem ser evitados. A prevenção está associada à adoção de hábitos salutares, como atividade física, alimentação saudável, manutenção de peso adequado, amamentação, a possibilidade de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e também o uso de hormônios sintéticos.

Além da precaução ao longo da vida, a luta contra o câncer de mama pode ser vencida com o diagnóstico precoce. É essencial, neste quesito, a difusão de conhecimento para que os sinais e sintomas sejam rapidamente percebidos pelas mulheres. É a chave para aumentar as chances de cura. Depois, a partir dos 50 anos, a orientação é uma mamografia ao menos a cada dois anos.

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O Outubro Rosa, de forma admirável, motiva uma série de iniciativas de hospitais, universidades, empresas e organizações da sociedade civil que se unem em uma extraordinária corrente voltada à disseminação das informações necessárias para combater este flagelo que, ao longo de 2019, deve ser descoberto em quase 60 mil mulheres no Brasil. Assim sendo, é crucial que as ações de conscientização sejam rotineiras e não esmoreçam com a virada do calendário. Para que todos os meses sejam rosa.

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